Os Leilões de Energia Existente (LEE) organizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira (6/12) negociaram aproximadamente 2.130,3 MW médios, volume quase três vezes maior do que os certames realizados ao final de 2023. A ampla competitividade das operações vai gerar para os consumidores brasileiros uma economia de mais de R$ 1,15 bilhão. No total, o montante financeiro comercializado foi de R$ 6,04 bilhão.
O LEE A-1, com início do suprimento para 1º de janeiro de 2025, movimentou R$ 4,6 bilhões para contratação de 1.621 megawatts médios. O deságio registrado foi de 18,88%, o que permitiu uma economia de R$ 1,072 bilhão em relação ao preço inicial.
Já o LEE A-2, que prevê o fornecimento da energia a partir de 1º de janeiro de 2026, somou R$ 1,4 bilhão em transações para a aquisição de 508,8 megawatts médios. A negociação teve deságio médio de 5,26% e promoveu uma economia de R$ 79,7 milhões na comparação com o preço teto. O leilão A-3 não teve declaração de demanda por parte de distribuidoras.
A-1 | A-2 | |
Energia Contratada | 1621,5 MW médios | 508,8 MW médios |
Preço Médio | R$ 162,24/MWh | R$ 161,06/MWh |
Deságio | 18,88% | 5,26% |
Montante | R$ 4,6 bilhões | R$ 1,4 bilhão |
Economia | R$ 1,1 bilhão | R$ 79,7 milhões |
Leilão de Energia Existente foi um sucesso, na visão da CCEE
Para a CCEE, os resultados demonstram que os leilões foram bem-sucedidos e a entidade entende que irão trazer eficiência para a contratação de energia no setor e economia para os consumidores brasileiros. A CCEE pontuou que o processo foi competitivo simples, eficiente e seguro, trazendo o interesse de vendedores e compradores, mesmo que o leilão do A-3 não tenha trazido nenhuma demanda.
Já para a Aneel, só a realização dos leilões demonstra o avanço do setor elétrico brasileiro desde o primeiro leilão de energia existente realizado pela Agência e pela CCEE em 2004. Segundo a agência, naquela época, buscava-se diversificar a matriz, que já era renovável, com 76% de participação de hidrelétricas. Hoje as fontes solar e eólica, que na época eram inexistentes, respondem por 33% da matriz.