Redação – 26.01.2023 – Marco Barbosa, diretor da Came, exalta necessidade de estudos que detectam riscos e vulnerabilidades para evitar episódios como os vistos nas sedes do governo nacional
Os atos de vandalismo ocorridos durante a invasão em massa aos prédios do governo nacional em Brasília, no dia 8 de janeiro, se tornaram um grande exemplo de um episódio marcado pela ausência de um esquema de segurança minimamente eficiente. Houve falhas graves no controle do fluxo dos manifestantes nas imediações e a falta de proteção permitiu que as patrimônios históricos fossem acessadas com facilidade e, então, danificadas ou destruídas.
Marco Barbosa, diretor da unidade brasileira da Came, empresa de produtos de automação de acesso, diz que sedes de grandes instituições e de governos, assim como outros locais que são considerados patrimônios ou monumentos históricos, precisam ser resguardados por um sistema de proteção definido de maneira criteriosa por meio de estudos realizados para detectar riscos e vulnerabilidades. Além disso, o diretor da Came destaca que o esquema de proteção deve ser preventivo para evitar episódios graves, lembrando que, muitas vezes, sua implementação só é feita após a ocorrência de problemas desta natureza.
O especialista ressalta que, no Brasil, há menos preocupação com investimentos preventivos do que, por exemplo, em países europeus. “Culturalmente, a gente não preserva muito esses locais históricos, diferentemente do que ocorre na Europa, onde se usam métodos muito sofisticados, pois, lá, os administradores destas edificações e as autoridades sabem que não podem perder esses patrimônios históricos e culturais e já são precavidos para garantir a integridade e a preservação destes locais”, reforça.
Segundo ele, a tecnologia precisa fazer parte do plano de proteção do patrimônio brasileiro. A Came é responsável pelo sistema de automação da porta de entrada do pavilhão Ferrié da Torre Eiffel, em Paris, e por todo o controle de acesso do Centro Histórico de Portugal, além de contar com produtos que estão em bases de governos de diferentes países, como os palácios Imperial, em Tóquio (Japão), e Rosenbad, em Estocolmo (Suécia).