Da Redação – 28.08.2017 –
Aplicativo foi uma das inovações da O&G TechWeek, realizada na semana passada no Rio de Janeiro
Enquanto a tecnologia de íons de lítio não passa por novos avanços, nossa vida digital vai depender da tomada mais próxima. Mas a fonte que carrega nossos dispositivos móveis já pode ser de energia limpa. O processo, é claro, tem a mediação de um aplicativo, nesse caso o Ziit. O funcionamento envolve o cadastramento do consumidor – disponível gratuitamente para Apple e Android – e a opção entre energias eólica, solar, biomassa e hídrica. O carregamento, digamos sustentável, foi viabilizado pela Programa de Certificação em Energia Renovável, criado pela ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) e pela Abragel (Associação Brasileira de Energia Limpa). O Programa já contabiliza 2 mil usuários cadastrados e cerca de 387 mil watts usados.
“A palavra de ordem, principalmente no Brasil, pela riqueza de recursos renováveis e não renováveis é coopetição: competir e cooperar. É isso que o Brasil tem que pensar em termos de matriz energética futura, uma combinação”, argumenta Elba Gannoum, presidente da ABEEólica. Já para Suzana Kahn, professora da COPPE/UFRJ, as tecnologias novas sempre têm um custo alto, mas é preciso que sejam adotadas já. De acordo com ela, algumas rupturas que são iminentes, estão acontecendo em setores cruciais como transporte e a mobilidade urbana, a biomassa e os biomateriais para o setor de construção civil.
O gás natural, por sua vez, faz parte dos projetos inovadores. Um exemplo de novas tecnologias do setor é o de medidores inteligentes apresentado no evento por Emmanuel Delfosse, diretor de gás da Engie Brasil. O sistema transmite informações sobre consumo de energia em tempo real e tem como objetivos o aumento da eficiência energética e a melhora da gestão de energia, além da otimização da rede de distribuição.
O projeto-piloto começou em dezembro de 2015 e envolveu a ativação inicial de 150 mil medidores em 24 cidades francesas no período de um ano. Segundo Delfosse, o projeto pode beneficiar 11 milhões de consumidores até 2022 e teria métricas que mostram o retorno de investimento. Vamos a elas: o aporte na ativação total seria de 1 bilhão de euros, mas a economia de apenas 1,5% de energia em função da automação e maior controle permitiria um retorno de 835 milhões de euros.