O Aeroporto de Congonhas completou 89 anos no último sábado (12/4) com R$ 2,4 bilhões em investimentos previstos pela Aena, concessionária que assumiu a administração do terminal em outubro de 2023. Até junho de 2028, os investimentos da Aena vão possibilitar a construção de um novo terminal, com mais que o dobro do tamanho atual, passando de 40 mil m² para 105 mil m².
Na nova estrutura, os passageiros vão contar com 22 mil m² destinados a lojas e restaurantes. Além disso, 19 novas pontes de embarque, aumento de 30 para 37 pontos de parada e melhor circulação das aeronaves, com 215 mil m² de novos pavimentos, vão proporcionar maior acessibilidade, pontualidade e comodidade no acesso às aeronaves.
Algumas iniciativas já foram tomadas, como mudanças na área de embarque em carros de aplicativos e a criação de um bolsão de espera para os motoristas, que reduziram em cerca de 50% o trânsito no piso inferior e em 30% no piso térreo. No início do ano, o terminal passou a contar com um dos maiores lounges destinados a voos domésticos do país, com mais de 1.000 m². Uma nova sala, de mesmo tamanho, está em obras e deve abrir as portas nos próximos meses.
Para proporcionar maior comodidade aos usuários e agilizar o processo de embarque, a área de raio-X foi ampliada, passando de 11 para 16 canais de inspeção. Os primeiros banheiros totalmente reformados já foram entregues e a atualização do sistema de ar-condicionado está em fase final. Nos próximos meses, a sala de embarque remoto irá dobrar de tamanho e a sala principal será ampliada. Uma nova área pick-up para carros de aplicativo no topo do edifício garagem será inaugurada até o fim do ano.
Mais segurança para passageiros
A segurança é outro fator fundamental para o Aeroporto de Congonhas depois de 89 anos de construção. Desde 2021, a pista conta com um pavimento especial coberto por uma camada porosa de atrito (CPA). Com três centímetros de espessura e estrutura de furos, a CPA é um tipo de revestimento que permite o escoamento de líquidos de forma mais rápida e eficiente, evitando o acúmulo e a formação de lâminas d’água sobre a superfície do asfalto.
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Em março de 2022, foi inaugurado o Sistema de Contenção com Materiais de Engenharia (do inglês, Engineered Materials Arrestor System – EMAS), mecanismo que promove a rápida desaceleração de aeronaves em caso de saída do ponto de frenagem, sem causar danos ao avião, tampouco aos passageiros. A instalação do EMAS se deu com a criação de áreas de escapes no final da pista, até então inexistentes. São 72 metros na cabeceira 17R (próxima à Avenida dos Bandeirantes) e 64 metros na cabeceira 35E (próxima ao bairro do Jabaquara).
Congonhas também está mais sustentável. Dez ônibus elétricos para o transporte de passageiros circulam na área interna, proporcionando conforto com zero emissões. Toda a energia consumida já é proveniente de fontes renováveis e um novo programa de reciclagem de resíduos foi implementado. A Aena incentiva operações de aeronaves modernas, que geram menos ruído e emissões.
Congonhas 89 anos em números
Verdadeiro ícone paulistano, localizado no centro da capital, Congonhas é também um motor da economia de São Paulo. Cerca de 10% do PIB nacional é gerado em um raio de 15 km no seu entorno. O aeroporto também emprega mais de 7 mil pessoas e conta com cerca de 100 lojas e restaurantes.
O aeródromo opera cerca de 540 voos diários da aviação comercial, interligando 45 destinos brasileiros. Além disso, é o principal hub da aviação executiva do país. Por ano, mais de 23 milhões de passageiros passam por Congonhas – cerca de 63 mil todos os dias.
Os números superlativos não param por aí. Por mês, passageiros que utilizam o terminal fazem mais de 180 mil chamadas para veículos de aplicativos e outras 25 mil corridas de táxi. Pelo estacionamento, passam aproximadamente 51,5 mil carros a cada 30 dias.
