Redação – 15.05.2024 – Consulta pública assustou paulistas que usam estruturas em condomínios para recarregarem seus carros por acreditar que isso não mais seria possível
O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo acatou pedido da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e outras entidades e prorrogou por mais 90 dias, a partir de 6 de maio, o prazo da consulta pública sobre critérios de segurança nos processos de recarga de veículos elétricos em garagens. O tema gerou preocupação tanto na indústria de eletromobilidade quanto no setor imobiliário quando a consulta foi lançada pela Portaria CCB-001/800/2024, no dia 5 de abril, com prazo inicial de 30 dias.
O prazo apertado provocou uma mobilização de diferentes entidades. Nove delas, inclusive a ABVE, lançaram semana passada um comunicado conjunto destinado a “tranquilizar os cidadãos de São Paulo que necessitam utilizar as garagens em condomínios, especialmente usuários de veículos elétricos” lembrando que a lei em vigor ainda permitia a recarga em condomínios.
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O pedido de prorrogação foi apresentado pelo presidente da ABVE, Ricardo Bastos, no dia 17 de abril, em reunião com os oficiais do Corpo de Bombeiros responsáveis pela consulta pública. Na reunião, o presidente da ABVE propôs a criação de um grupo de trabalho conjunto ABVE/CB-SP para tratar dos critérios de segurança e prevenção de incêndios envolvendo carros elétricos e equipamentos de recarga elétrica nas garagens.
Sugeriu também a realização de um simulado, sob coordenação de empresas, bombeiros e técnicos, para avaliar as reais condições de segurança de veículos elétricos, baterias e equipamentos de recarga, bem como as tecnologias já disponíveis para controlar incêndios.
As duas propostas foram bem recebidas pelos oficiais do Corpo de Bombeiros. Com a prorrogação do prazo, novas reuniões serão marcadas nos próximos dias para encaminhar o tema. “A decisão do Corpo de Bombeiros de prorrogar o prazo foi muito bem recebida pela ABVE”, disse Ricardo Bastos. “Ela indica a disposição da Corporação de dialogar e ouvir sugestões de diferentes setores sobre um tema complexo e sensível”, acrescenta.