Da Redação – 09.11.2018 –
Estimativa é da CPFL Energia, que estima venda anual de cerca de 250 mil veículos elétricos
A adoção dos carros elétricos vai exigir uma infraestrutura de eletropostos robusta daqui a pouco mais de 20 anos. Pela estimativa da CPFL Energia serão necessários 80 mil eletropostos em 2030 para acompanhar expansão de veículos elétricos no país. O volume atenderia uma realidade estimada de venda anual superior a 250 mil unidades. Os dados fazem parte do projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) Emotive, que analisou durante cinco anos o impacto da mobilidade elétrica para o setor elétrico brasileiro.
Neste cenário de 80 mil eletropostos, a frota de carros elétricos puros e híbridos plug-in no Brasil deve alcançar 2 milhões de unidades em circulação. Neste sentido, o desenvolvimento de um mercado de recarga pública, combinando eletropostos semi-rápidos e rápidos, é um dos principais desafios para a expansão da mobilidade elétrica no país, na avaliação do estudo.
Qualquer empresa pode montar eletroposto e não só as concessionárias
Para endereçar o tema e estimular o mercado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação, em junho deste ano, para a infraestrutura de recarga para veículos elétricos. Pelas regras definidas pelo regulador, qualquer empresa, seja do setor elétrico ou não, para investir na instalação de eletropostos. A decisão elimina incertezas regulatórias sobre o tema, incentivando investimentos futuros no mercado.
Com o modelo regulamentado pela Aneel, como qualquer empresa poderá instalar um posto de recarga em uma rodovia ou em um estabelecimento comercial, a expectativa é que as perspectivas de expansão da mobilidade elétrica no Brasil atraiam novos players, viabilizando um mercado competitivo no futuro.
“A regulamentação estabelecida pela Aneel, para a expansão da infraestrutura de recarga, a qual possibilita que qualquer agente invista na instalação e operação de eletropostos, é a mais adequada para incentivar a expansão da mobilidade elétrica no País”, diz o diretor de Inovação e Estratégia da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti.