Redação – 20.05.2024 – CBIC entregou à Caixa propostas de redução de juros para compra de imóveis e financiamento facilitado, além de suspensão de juros para empresas
Em resposta aos severos alagamentos que afetaram centenas de municípios no Rio Grande do Sul, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou à Caixa Econômica Federal um conjunto de propostas com medidas emergenciais para facilitar o acesso de moradias à população e a reconstrução do Estado.
O conjunto de 16 medidas focam especialmente o acesso ao crédito para aquisição da casa própria. A CBIC propõe a redução de juros para aquisição, construção ou recuperação de imóveis; financiamento facilitado e ágil, além de carência de seis meses em contratos ativos e novas contratações. Para empresas, as propostas giram em torno do apoio à produção em andamento, com suspensão de juros, estímulo ao capital de giro e financiamento de máquinas e equipamentos de construção.
Segundo o presidente da CBIC, Renato Correia, o objetivo é fomentar a construção e recuperação de moradias, apoiar a recomposição do tecido empresarial e econômico do estado e acelerar o retorno à normalidade social e econômica com geração de emprego e renda. “A implementação dessas medidas pela Caixa, dada sua vasta experiência e capacidade operacional, é vista como crucial para a reconstrução eficaz e rápida do estado, além de ser uma resposta significativa aos desafios impostos pela catástrofe.”
A organização também já entregou propostas específicas ao Ministério das Cidades e planeja fazer o mesmo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)] e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Caixa atenta
A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês da Silva Magalhães, disse que agradece a iniciativa da CBIC e que vai analisar cada uma das propostas. “Já há um processo de preparo das medidas para a compra de imóveis que já estão em produção e prontos, entre outras ações que estão sendo discutidas, relacionadas ao FGTS, por exemplo”, lembrou ela.
A executiva também ressaltou a relevância da preparação de longo prazo para a reconstrução dos imóveis e da economia gaúchas, levando em conta a resiliência climática, mas sem perder o foco no socorro e na recuperação imediata das condições mínimas de vida todos os atingidos.