CPFL capta R$ 800 mi para implantar medidores inteligentes

Financiamento do BNDES vai permitir que distribuidora avance em seu plano de digitalização com medidores inteligentes

Por Redação

em 24 de Janeiro de 2025

A CPFL Energia captou R$ 800 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)  para financiar a expansão de seu plano de digitalização das medições em três concessionárias de distribuição de energia. A CPFL quer substituir medidores tradicionais por modelos inteligentes, troca que deve ser finalizada até 2029, com um custo total estimado em mais de R$ 1,2 bilhão.

Serão R$ 326,3 milhões para a CPFL Paulista (Companhia Paulista de Força e Luz, que atende cerca de 5 milhões de clientes em 234 municípios de São Paulo), R$ 411,4 milhões para a CPFL Piratininga (Companhia Piratininga de Força e Luz, com 2 milhões de clientes em 27 municípios paulistas) e R$ 62,1 milhões para a CPFL Santa Cruz (Companhia Jaguari de Energia, com 511 mil clientes em 45 municípios em São Paulo, Minas Gerais e Paraná).

Entre os benefícios estão a transmissão dos dados de consumo de forma remota e em tempo real, eliminando a necessidade de leituras manuais mensais de consumo (passíveis de erros, atrasos e custos de deslocamento) e a melhora na gestão em caso de interrupção do fornecimento de energia.

Com os medidores inteligentes, os consumidores também terão uma gestão mais simplificada da conta de energia e poderão monitorar em tempo real o consumo de energia. Assim, poderão ajustar os hábitos de consumo para reduzir as contas de eletricidade, além da adoção de um consumo mais consciente.

Plano de digitalização da CPFL com medidores inteligentes

Segundo Kedi Wang, a CFO da CPFL Energia, a empresa está comprometida em desenvolver uma rede elétrica inteligente, sustentável e altamente confiável. Ele diz que o aumento nos investimentos em medidores inteligentes desempenha é fundamental para permitir uma gestão mais eficiente das cargas elétricas, além de proporcionar um entendimento mais preciso dos padrões de consumo dos clientes.

“Isso resulta em maior eficiência operacional, redução de custos e acelera a digitalização e modernização de equipamentos no setor elétrico, contribuindo para uma significativa melhoria na qualidade dos serviços de energia oferecidos aos consumidores. O apoio do Fundo de Inovação do BNDES é essencial para viabilizar o início desse projeto”, reforça Kedi.

A digitalização é um dos temas transversais presentes no Plano Nacional de Energia 2050 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), baseado nas diretrizes do Ministério de Minas e Energia para o desenho da estratégia de longo prazo do setor energético brasileiro.

*Com informações da Agência BNDES de Notícias.