O setor de óleo e gás realizou 26 operações de fusões e aquisições em 2024, um aumento de mais de 62% em relação a 2023 quando foram fechados 16 negócios. No ano passado, as transações domésticas – entre empresas de capital brasileiro – praticamente dobraram se comparadas com o período anterior, passando de 11 para 20. Os dados constam em uma pesquisa realizada pela KPMG com 43 setores da economia brasileira.
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Segundo a KPMG, o movimento pode ser analisado tanto do lado das operadoras independentes de petróleo, que agora estão num processo de otimização de eficiência operacional e em busca de gatilhos de crescimento, quanto com os fornecedores da cadeia também atrás de competitividade e maior poder de barganha com seus clientes.
Essa consolidação demonstra que o setor de petróleo e gás tem possibilidade de voltar a apresentar um volume relevante de fusões e aquisições, como há seis ou sete anos atrás, como mostra a linha do tempo abaixo:
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Aquisições domésticas em óleo e gás são destaque
Com relação ao tipo de operação realizada, 2024 foi marcado por movimentações domésticas no setor de óleo e gás. Foram realizadas 20 operações entre empresas brasileiras ao longo de janeiro a dezembro do ano e duas do tipo CB3, quando uma empresa de capital majoritário brasileiro adquire uma empresa estrangeira estabelecida no Brasil.
Como o setor de óleo e gás é muito internacionalizado, houve espaço para outros tipos de negociação, apesar de pouco representativos. Uma empresa de capital majoritariamente estrangeiro fez uma aquisição de um negócio nacional, enquanto uma empresa brasileira adquiriu uma companhia estabelecida no exterior.
Também houve uma transação envolvendo empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil. Assim como uma empresa estrangeira comprando uma empresa brasileira estabelecida no exterior.