Redação – 02.09.2021 – Projeção global do Gartner indica crescimento de 6,5% na despesa de governos com tecnologia, o que deve manter processos de digitalização
Os gastos governamentais com TI deverão chegar a US$ 557,3 bilhões em 2022, o que representa um aumento de 6,5% em relação a 2021. Os dados são globais e capturados pela consultoria Gartner, especializada em tecnologia. Segundo ela, os governos vão acelerar os investimentos em digitalização para se recuperarem da evolução contínua criada pelas incertezas de saúde pública devido à pandemia de covid-19.
Em 2022, 64% dos gastos governamentais com TI serão com serviços e programas para melhorar a capacidade de resposta e a resiliência dos serviços públicos. Isso inclui investimentos no aprimoramento da experiência dos cidadãos e também dos funcionários públicos, fortalecimento das capacidades analíticas e aumento da agilidade operacional.
Previsão de gastos globais de governos com TI por segmento para 2021-2022 (em bilhões de dólares)
Gastos de 2021 | Crescimento de 2021 (%) | Gastos de 2022 | Crescimento de 2022 (%) | |
Serviços de TI | 188,06 | 10,9 | 203,92 | 8,4 |
Software | 135,63 | 14,9 | 151,88 | 12,0 |
Serviços de Telecom | 61,48 | 1,4 | 60,99 | -0,8 |
Serviços Internos | 64,24 | 0,3 | 65,97 | 2,7 |
Dispositivos | 41,04 | 17,6 | 40,39 | -1,6 |
Data Center | 32,73 | 6,5 | 34,15 | 4,3 |
Total | 523,21 | 9,5 | 557,31 | 6,5 |
Fonte: Gartner (Agosto de 2021).
Prioridades nos gastos governamentais
A modernização da infraestrutura e das aplicações de TI, bem como a transformação e implementação de projetos de governo digital, permanecerão como prioridades para o setor governamental em 2022.
O Gartner estima que, até 2025, mais de 50% das agências governamentais terão modernizado os processos legados essenciais para melhorar a resiliência e a agilidade de suas operações. A nuvem pública deve ser o principal recurso para acelerar a modernização da TI.
Já sobre os serviços aos cidadãos, a implementação da identidade digital deve ser acelerada. Segundo o Gartner, isso permitiria ir além da autenticação on-line de cidadãos e da assinatura de transações remotas. Os governos ainda devem tratar a privacidade, a segurança e a conveniência do usuário como fatores críticos de sucesso da identidade digital.