No 1º trimestre de 2025, Curitiba, Goiânia e São Paulo se destacaram como capitais líderes em demanda no mercado imobiliário do Brasil, cada uma em um segmento específico de renda: econômico (até R$ 12 mil), médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto (acima de R$ 24 mil), respectivamente. Os dados são da terceira rodada do Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil), que expandiu sua amostragem para 77 cidades brasileiras com potencial para investimentos em imóveis residenciais verticais. O estudo é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O padrão econômico foi liderado por Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). A capital paranaense se destacou pela sua consolidação econômica, seguida de perto por Goiânia e Fortaleza, que continuam fortes na competição. Essas cidades, junto a São Paulo (SP), mantêm-se entre as quatro primeiras colocações, reforçando o equilíbrio e o crescimento contínuo do mercado imobiliário nessas regiões.
Goiânia novamente se faz presente no padrão médio, liderando nesta categoria graças à sua estabilidade e força no mercado. São Paulo (SP) segue firme na 2ª posição, sem oscilações e Rio de Janeiro (RJ) aparece na 3ª posição, impulsionado por sólidos indicadores de demanda, dinâmica econômica e atratividade de lançamentos. Já Florianópolis (SC) caiu do 3º lugar no quarto trimestre de 2024 para a 8ª posição no primeiro trimestre de 2025, devido à redução na dinâmica econômica e na demanda direta.
Por outro lado, Vitória (ES) cresceu significativamente, subindo da 26ª posição no terceiro trimestre de 2024 para a 16ª no primeiro trimestre de 2025, devido ao aumento na atratividade de novos lançamentos e oferta de terceiros. Além disso, Campo Grande (MS) apareceu pela primeira vez no ranking, alcançando a 10ª posição, impulsionado pelos bons indicadores de oferta de terceiros e atratividade de lançamentos.
Alto padrão do mercado imobiliário do Brasil
No mercado de alto padrão, São Paulo continua a liderar, mantendo sua posição sem oscilações. Goiânia segue forte, garantindo estabilidade na 2ª colocação. Fortaleza se valorizou consideravelmente, subindo do 7º lugar no terceiro trimestre de 2024 para a 3ª posição no início de 2025, impulsionada pelo aumento nos indicadores de oferta de terceiros e pela atratividade de novos lançamentos.
Por outro lado, Florianópolis (SC) sofreu uma queda, caindo da 4ª para a 6ª posição no primeiro trimestre deste ano, devido à redução na demanda econômica. Já Campo Grande (MS) obteve um avanço significativo, subindo para a 15ª posição, o que reforça o crescimento do Centro-Oeste no mercado de alto padrão. Rio de Janeiro (RJ), por sua vez, entrou no ranking na 9ª posição, sustentado pelos fortes indicadores de demanda, dinâmica econômica e a atratividade de novos lançamentos.
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As 10 primeiras colocadas do ranking alto padrão, são:
- São Paulo (SP) – nota 0,835
- Goiânia (GO) – nota 0,823
- Fortaleza (CE) – nota 0,699
- Brasília (DF) – nota 0,697
- Belo Horizonte (MG) – nota 0,697
- Florianópolis (SC) – nota 0,683
- Balneário Piçarras (SC) – nota 0,665
- Salvador (BA) – nota 0,664
- Rio de Janeiro (RJ) – nota 0,652
- Recife (PE) – nota 0,648
Destrinchando o mercado imobiliário de SP
O Índice de Demanda Imobiliária também preparou um estudo detalhado da cidade de São Paulo, separando as cidades pelas zonas. No primeiro trimestre deste ano, as zonas Sul e Oeste da cidade de São Paulo se destacaram como líderes em demanda imobiliária, cada uma em um segmento específico de renda: a primeira no padrão econômico (até R$ 12 mil), já a segunda nos padrões médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto (acima de R$ 24 mil).
A Zona Sul de São Paulo continua a ser um polo de atratividade e dinamismo, com excelente desempenho nos aspectos de demanda e lançamentos no padrão econômico Por sua vez, a Zona Leste segue consolidada na 2ª posição, destacando-se pela sua forte dinâmica econômica e atração de novos lançamentos imobiliários. A Zona Oeste fecha o top 3.
No médio padrão, a Zona Oeste lidera de forma incontestável, sendo sustentada por indicadores de alta demanda direta e grande atratividade de novos lançamentos imobiliários. A região mantém seu desempenho sólido, refletindo a estabilidade e o crescimento contínuo de seu mercado. A Zona Sul também tem alta demanda e atração por causa de lançamentos antigos, ficando no 2º lugar. A Zona Leste, por sua vez, está consolidada na 3ª posição, impulsionada por bons indicadores de oferta de terceiros e uma crescente atratividade de novos lançamentos.
A Zona Oeste também domina o mercado de alto padrão graças a grande atratividade de novos lançamentos imobiliários, entre outras questões, incluindo a demanda. A Zona Sul, por sua vez, reafirma sua relevância e garante estabilidade na 2ª colocação e a Zona Leste surge para fechar o top 3.
Ainda neste quesito de alto padrão, a Zona Norte apresentou uma valorização significativa, subindo da 5ª para a 4ª posição no primeiro trimestre de 2025. Esse crescimento é atribuído ao aumento na atratividade tanto de lançamentos antigos quanto novos, refletindo a crescente demanda e a transformação da região em um polo de investimentos no segmento de alto padrão.
Entenda a metodologia usada
O modelo matemático avalia a atratividade de cidades brasileiras para novos projetos imobiliários, utilizando seis indicadores principais, que abrangem aspectos essenciais do mercado. Cada indicador é ponderado por especialistas para refletir sua relevância, garantindo um resultado confiável e útil para decisões estratégicas.
- Indicador de Demanda: Mede o número de potenciais compradores, refletindo o tamanho do mercado consumidor e o potencial de consumo na cidade. (Fonte: IBGE)
- Indicador de Dinâmica Econômica: Avalia a capacidade do município de gerar ciclos de demanda e fortalecer a economia local por meio de fatores como emprego e renda, que influenciam a capacidade de compra e a sustentabilidade do mercado. (Baseado em dados do IBGE, CAGED e Receita Federal)
- Indicador de Ofertas de Terceiros: Avalia a concorrência e a saturação do mercado, indicando a disponibilidade de imóveis oferecidos por outros agentes e a viabilidade de novos empreendimentos. (Fonte: Portais de venda na internet)
- Indicador de Demanda Direta CV CRM: Usa dados de leads para medir a procura ativa por imóveis específicos, apontando áreas de interesse imediato e direcionando estratégias de marketing e vendas. (Fonte: CV CRM)
- Indicador de Atratividade para Antigos Lançamentos CV CRM: Verifica o desempenho de lançamentos com mais de 12 meses, oferecendo insights sobre a aceitação e estabilidade do mercado na cidade. (Fonte: CV CRM)
- Indicador de Atratividade para Novos Lançamentos CV CRM: Examina o potencial de empreendimentos lançados nos últimos 12 meses, destacando tendências e novas oportunidades de negócios. (Fonte: CV CRM)
O resultado do modelo é uma lista de cidades com maior atratividade, apresentadas em forma de ranking com base no cálculo do IDI. A escala de atratividade vai de 0,000 a 1,000, onde as cidades que obtiverem um score próximo de 1,000 são consideradas altamente atrativas. As cidades são classificadas em cinco categorias de atratividade: Muito Alta, Alta, Média, Baixa e Muito Baixa, de acordo com seu score no IDI.