Governo federal espera atrair R$ 161 bi com leilões de rodovias em 2025

Está prevista a concessão de 8.449 quilômetros de rodovias e da Ferrovia EF 118 até dezembro

Por Redação

em 27 de Março de 2025
O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, inicia obras de recuperação e melhorias da SP270 - Rodovia Raposo Tavares na cidade de Ourinhos Local: Ourinhos/SP Data: 17/03/2018. Foto: Governo do Estado de São Paulo

Durante o evento CNN Talks “Caminhos para o Crescimento”, realizado ontem (26/3) em Brasília (DF), o ministro dos Transportes em exercício, George Santoro, disse que o governo federal espera atrair R$ 161 bilhões em investimentos com leilões de 15 rodovias e uma ferrovia.

A expectativa para 2025 prevê a concessão de 8.449 quilômetros de rodovias para impulsionar a infraestrutura de transportes do Brasil. Ele comentou que os leilões já começam na próxima semana, com o da São Borja – Ponte Internacional da Integração, no Rio Grande do Sul. Ele ainda prometeu o primeiro leilão ferroviário até dezembro, referente à Ferrovia EF 118.

Santoro ressaltou a participação relevante de capital estrangeiro nesses leilões, o que mostra certa confiança do mercado internacional no Brasil, mesmo em um cenário de juros alto e moeda fraca. “O Brasil precisa melhorar a sua infraestrutura para acompanhar o crescimento das exportações de alimentos no mundo. Para isso, é essencial ter uma carteira robusta de projetos para atrair olhares diferentes”, disse.

George Santoro destacou que o país já vem avançando nesta direção. “Dos dez leilões realizados em 2024, tivemos oito grupos diferentes ganhando. Isso mostra a entrada de novos atores no mercado brasileiro. Antes, tínhamos só dois grandes grupos dominando os processos”, afirmou.

Debêntures flexíveis nos leilões de rodovias

O ministro também detalhou as mudanças nas debêntures flexíveis – títulos de dívida privada para financiar infraestrutura – como alternativa de financiamento. Santoro explicou que a criação desse dispositivo permite que o investidor possa reemitir os títulos de dívida sob melhores condições dentro da mesma base de financiamento se houver alta dos juros.

“Ao lançar um edital, o empreendedor agora pode escolher a taxa de juros que será adotada. Isso ancora as expectativas, reduz o risco para quem estuda o projeto e mantém a atratividade mesmo em cenários desafiadores”, concluiu.