JBS gera 2 GWh de energia com biometano para abastecer fábricas

Energia está abastecendo duas fábricas da Friboi e projeto deve ser expandido para até nove unidades

Por Redação

em 7 de Maio de 2025

A JBS já conseguiu produzir 50 milhões de m³ de biometano para abastecer duas fábricas da Friboi, totalizando 2 GWh de energia elétrica. Iniciado em 2023 com um investimento de R$ 17 milhões, o projeto diminuiu as emissões de gases de efeito estufa (GEE) da empresa em 263,70 mil toneladas de CO₂, além de reduzir custos operacionais com energia.

Nas unidades de Ituiutaba (MG) e Andradina (SP), os geradores abastecidos por biogás já estão em pleno funcionamento. Desde 2023, essas unidades geraram, respectivamente, 1.179.017 kWh e 874.000 kWh de energia elétrica, resultando em uma economia de cerca de R$ 1 milhão (considerando os valores médios da energia nos respectivos estados). A produção total de 2 GWh seria suficiente para abastecer cerca de 12 mil residências durante um mês.

Já as fábricas da Friboi em Barra do Garças (MT) e Mozarlândia (GO) passarão a ser abastecidas de forma semelhante nos próximos meses, com o potencial de adicionar aproximadamente 1.100.000 kWh à produção, o que corresponderia ao consumo mensal de 6 mil residências. Ao todo, até o final do primeiro semestre de 2025, serão 18 geradores em funcionamento através do investimento conjunto da JBS e parceiros para viabilizar essa conversão.

Investimento da JBS no biometano começou em 2021

O projeto atual foi possível graças a um investimento da JBS iniciado em 2021, quando a Friboi implementou biodigestores em nove de suas plantas frigoríficas para capturar o metano gerado pelas operações industriais e convertê-lo em biogás. Nos próximos meses, mais unidades da Friboi poderão contar com geradores movidos a biogás, garantindo o abastecimento de energia elétrica tanto para as áreas administrativas quanto para o setor industrial.

O investimento total no projeto de biodigestores, que abrange as nove unidades, alcançou R$ 77 milhões. Desses, R$ 55 milhões são provenientes de recursos próprios da JBS, R$ 4 milhões da Âmbar Energia, da holding J&F Investimentos, e R$ 18,4 milhões de outros parceiros. Esses valores de terceiros são destinados principalmente aos geradores, que incorporam tecnologias de monitoramento e controle para otimizar a geração de energia através do biogás. A JBS monitora o desempenho do sistema em tempo real para maximizar a geração de energia e custos.

A JBS defende que o biogás é uma alternativa energética promissora, alinhada com os princípios da economia circular. Além da geração de vapor e eletricidade, a JBS avalia o uso do biogás como combustível para sua frota, buscando reduzir os custos com diesel e as emissões de GEE. A empresa também está de olho na possibilidade de receita com a comercialização do biogás ou da energia elétrica excedente, seja para distribuidoras de gás, seja para indústrias.