A Navi, gestora de recursos com R$ 7 bilhões sob gestão, vendeu suas 18 usinas de geração de energia solar para o Grupo Mendes, conglomerado empresarial da região de Santos (SP). Com a transação, a gestora conclui o ciclo de private equity dos fundos de investimento Navi Energias Sustentáveis FIP-IE I e II, que juntos representaram R$ 350 milhões em investimentos na construção e operação das fazendas de energia solar vendidas, sendo nove em cada fundo.
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Juntas, essas plantas têm capacidade para gerar 65 MWp, energia suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 75 mil habitantes. Os ativos estão localizados em 17 cidades de São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro.
A gestora foi responsável por 100% da implantação das usinas, desde o mapeamento dos terrenos até a sua construção e operação. Após encerramento dos dois fundos, a Navi continua investindo em energia e nos demais setores de infraestrutura, especialmente via crédito. Segundo a empresa, a missão dos FIPs foi cumprida ao entregar aos investidores um retorno acima do prometido.
Grupos Mendes segue firme em estratégia de energia com compra de ativos da Navi
O Grupo Mendes é uma incorporadora importante na baixada santista, onde detém hotéis e shoppings. Durante a pandemia de covid-19, quando seus principais negócios tiveram que ser fechados em razão do isolamento social, a empresa sentiu a necessidade de investir em outro ramo, escolhendo a energia, como aponta matéria do site Brazil Journal.
O resultado foi a criação da Ineer Energia, que contava com 170 MWp antes da aquisição dos ativos da Navi. Agora, com seus 235 MWp em portfólio, o Grupo Mendes planeja chegar a 300 MWp até 2026, sem descartar a aquisição de outros empreendimentos.
As conversas para o negócio com a Navi começaram há seis meses, quando um fornecedor em comum apresentou as duas empresas. Por estar bastante inserida no ecossistema de infra e energia, a Navi conduziu todo o processo da venda internamente e não foi revelado o valor da transação. Especula-se que tenha girado em torno dos R$ 390 milhões, visto que o preço de cada MWp gire em torno de R$ 6 milhões.
“Estamos bastante satisfeitos. Essa operação gera muita sinergia com nossos ativos já existentes em São Paulo e nos torna um dos maiores players de geração distribuída do estado. Continuaremos crescendo organicamente e via aquisições”, destaca Paulo Mendes, CEO do Grupo Mendes.
