Neoenergia vende 50% de Itabapoana Transmissão por R$ 127,5 milhões

Ativo será aportado na holding Neoenergia Transmissão, sociedade 50% Neoenergia e 50% GIC

Por Redação

em 23 de Abril de 2025

A Neoenergia fechou um acordo para a venda de metade de sua participação no ativo de transmissão Itabapoana para o GIC. O valor da operação é de R$ 127,5 milhões, sujeito a ajustes usuais até a conclusão da transação. O ativo será aportado na holding Neoenergia Transmissão, veículo de investimento nesse segmento do grupo que já conta com a participação de 50% do GIC, desde abril de 2023. Ao final desta transação, a estrutura permanecerá a mesma: 50% Neoenergia e 50% GIC.

Segundo a Neoenergia, o negócio é mais um passo em seu plano de rotação de ativos. Em comunicado, a empresa diz que “busca sempre capturar as melhores oportunidades no mercado”. A transação ainda representa ainda a evolução da cooperação exitosa com o GIC, o que traz mais robustez aos planos do grupo para investimentos em transmissão.

O empreendimento de Itabapoana, adquirido da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em dezembro de 2018, conta com 221,9 quilômetros de linha de transmissão, em circuito duplo, entre as subestações Mutum (MG) e Campos 2 (RJ), com tensão em 500 kV.

Itabapoana marca o declínio do ciclo de investimento em transmissão da Neoenergia

Até o final de 2025, a Neoenergia encerra seu ciclo de investimento em Transmissão, com a entrada em operação dos últimos quatro lotes que estão em construção (Vale Itajaí, Guanabara, Morro do Chapéu e Alto Paranaíba). Isso representa aproximadamente R$ 1 bilhão adicionais em RAP.

Em 2024, foram entregues os projetos de Itabapoana, Estreito e Paraíso, além de importantes trechos de Morro do Chapéu, Guanabara e Vale do Itajaí, adicionando cerca de R$ 300 milhões de nova Receita Anual Permitida (RAP) e fechando 2024 com R$ 1 bilhão de RAP liberada.

Ainda de acordo com o comunicado da empresa, a venda de metade da Itabapoana faz parte da cultura interne de buscar a melhor alocação de capital e a otimização de resultados para os acionistas. “Temos mais lotes entrando em operação em breve, reforçando a assertividade da nossa estratégia. Estamos satisfeitos por ter um sócio com propósito alinhado e reconhecido internacionalmente”, afirma Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia.