O número de inscrições de projetos hidrelétricos alcançou um recorde no Leilão de Energia Nova A-5, como apontou a Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch). O cadastramento dos projetos hidrelétricos, encerrado no último dia 7, registrou 225 empreendimentos na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), totalizando uma capacidade instalada de 2.884 MW – um aumento energético de 90% em relação ao último leilão A-5, realizado em 2022, que contou com 90 projetos (1.516 MW).
O destaque ficou para as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que inscreveram 173 projetos, somando 2.487 MW e representando 86% da energia cadastrada no leilão. No último leilão haviam sido cadastrados 80 projetos. Já as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) somaram 45 projetos (128 MW), enquanto as Usinas Hidrelétricas (UHEs) registraram 7 projetos (269 MW).
Leilão abriu oportunidades para PCHs
A presidente da Abrapch, Alessandra Torres. diz que foi um passo muito importante ver o Ministério de Minas e Energia abrir o leilão com as pequenas centrais hidrelétricas, demonstrando que o órgão reconhece a necessidade e a importância de promover essa fonte.
Para ela, esse cadastramento recorde é extremamente positivo, pois evidencia a existência de inúmeros projetos represados há anos e também o apetite dos investidores para apostar neste setor. “Um recorde que reafirma o potencial das PCHs para dobrar sua capacidade instalada e contribuir de forma decisiva para a energia firme do sistema, inclusive no horário de pico”, comemorou Alessandra.
O que é o Leilão de Energia Nova
O Leilão de Energia Nova A-5 é um processo licitatório que visa contratar a construção de novas usinas de geração elétrica. A contratação é para que as usinas entrem em operação em até cinco anos após a contratação.
O leilão A-5, anunciado pelo Ministério de Minas e Energia no final do ano passado, está previsto para ocorrer em 25 de julho de 2025. Conforme já praticado em leilões anteriores, as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) estão dispensadas de apresentar registro prévio junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para fins de habilitação técnica pela EPE.
Além disso, os contratos resultantes terão vigência de 20 anos, com início previsto para primeiro de janeiro de 2030.
