Quais são os principais desafios e oportunidades para a construção civil em 2025?

Embora o setor enfrente obstáculos como inflação e escassez de mão de obra, as empresas podem aproveitar da tecnologia e práticas ESG para alcançar um crescimento sustentável

Por Redação

em 11 de Março de 2025

Apesar das expectativas positivas para o setor da construção civil em 2025, o Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) alerta para uma série de desafios, como inflação dos insumos, escassez de mão de obra, custos elevados de financiamento, entre outras questões. Para driblá-los, a sugestão da CTE é apostar na inovação tecnológica, industrialização e gestão eficiente.

A adoção de tecnologias emergentes será fundamental para aumentar a produtividade e reduzir custos. A integração da Inteligência Artificial (IA) nos processos de planejamento, projeto e execução de obras promete tornar o setor mais eficiente, enquanto o uso do BIM (Building Information Modeling) deve se consolidar, garantindo mais previsibilidade e qualidade nas construções.

A adoção de ferramentas lean no planejamento e execução das obras, por exemplo, é uma forma eficaz de aprimorar a gestão de custos e prazos. Elas podem ser usadas para a redução de desperdícios e o aumento da produtividade, porém o investimento na capacitação de profissionais torna-se indispensável não só para suprir a crescente demanda por mão de obra qualificada, mas também para utilizar essas ferramentas.

A escassez de talentos, aliás, continuará sendo um desafio para o setor, tornando fundamental a formação de novos profissionais e a ampliação de parcerias com startups e instituições de ensino. A industrialização da construção, com métodos off-site e sistemas modulares, ganhará espaço como solução para reduzir prazos e otimizar processos.

ESG é oportunidade para construção civil lidar com desafios em 2025

Com o aumento da pressão regulatória e das exigências de mercado, as empresas precisarão adotar boas práticas ambientais, sociais e de governança, o ESG. Entre as principais tendências estão a implementação de metas de descarbonização, certificações ambientais e investimentos em eficiência energética. A recente Lei nº 15.042/2024, que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), impõe novas obrigações ao setor, exigindo uma gestão estratégica dos riscos climáticos e a transição para operações mais sustentáveis.

E apesar do desaquecimento do mercado imobiliário, a construção de infraestrutura e habitação popular continuará impulsionando o setor. O programa Minha Casa Minha Vida seguirá fomentando projetos voltados à baixa renda e já iniciou o período de inscrições para mais de 100 mil novas unidades habitacionais, enquanto investimentos em infraestrutura serão cruciais, com mais de 110 leilões previstos para obras de transportes e saneamento.

Embora o cenário seja desafiador em 2025, há espaço para inovação tecnológica, industrialização, gestão eficiente e compromisso com práticas ESG que podem alavancar o crescimento sustentável no setor imobiliário e construção civil no país.