Redação – 28.03.2023 – Operadora de ferrovias destaca o ano passado também por investimentos em nova ferrovia e em terminais
A Rumo, maior operadora de ferrovias do Brasil, movimentou 74,9 bilhões de TKUs (toneladas por quilômetro útil) em 2022, de acordo com seu Relatório Anual de Sustentabilidade, um recorde para a empresa. O ano passado ainda marcou uma série de iniciativas da companhia para expandir sua operação, como o início das obras dos primeiros quilômetros do projeto da pioneira ferrovia estadual de Mato Grosso e a entrega de mais dois importantes terminais na Malha Central.
A Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso começou com a construção de um viaduto ferroviário, no local onde está projetado o Km 8 da nova ferrovia. A primeira fase das obras, programada em módulos, prevê 211 quilômetros até Campo Verde, onde haverá um primeiro terminal.
Os custos estimados para este trecho estão entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões, em valores nominais. A capacidade instalada nesse trecho entre Rondonópolis e Campo Verde ficará entre 32 milhões e 35 milhões de toneladas por ano e o início das operações está previsto para 2026.
A execução das obras até Campo Verde é o primeiro passo para que a ferrovia chegue, posteriormente, a outras cidades previstas no projeto, dentre elas, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. O projeto prevê mais de 700 quilômetros de extensão ferroviária, passando por 16 municípios e gerando, apenas na fase de construção, 236 mil empregos no Estado, entre diretos, indiretos e induzidos.
Terminais
Ainda em 2022, dois terminais foram inaugurados na Malha Central (Ferrovia Norte-Sul). Em junho, uma parceria com a Usina Coruripe resultou na inauguração do terminal rodoferroviário Comendador Rubem Montenegro Wanderley, em Iturama (MG). Com capacidade para movimentar 2,5 milhões de toneladas de açúcar de exportação (VHP) por ano, a unidade de transbordo rodoferroviário representa um marco estratégico para a logística da região do Triângulo Mineiro, gerando cerca de 350 empregos diretos na região.
Em agosto, foi a vez de um terminal ferroviário de transbordo e uma misturadora de fertilizantes começaram a funcionar em Rio Verde (GO), projeto em parceria com a joint venture Andali S/A. A infraestrutura tornou possível a movimentação de fertilizantes a partir do Porto de Santos até Goiás. A capacidade total de recebimento é de até 1,5 milhões de toneladas por ano, o que garante uma operação eficiente diante de um potencial crescimento do mercado na região. O terminal é responsável pela geração de 1 mil empregos diretos e indiretos.
Em 2021, a Rumo já havia inaugurado outros dois terminais de grãos em Goiás, um em São Simão, em parceria com a Caramuru Alimentos, e o segundo em Rio Verde. Somados, os quatro terminais formam uma operação robusta para atender o agro e a indústria.
Em 2022, a Rumo descarregou em Santos, em média, mais de 1,2 mil vagões por dia. Isso representa, hoje, 60% da capacidade total do porto. A meta da empresa é chegar a 1,7 mil vagões por dia até 2025. Nos últimos 12 anos, a média de investimento em Santos foi de quase R$ 40 milhões por ano.
Agenda ESG
Reforçando o comprometimento com a sustentabilidade empresarial, a companhia integra pelo segundo ano consecutivo a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, o que mostra alinhamento com as melhores práticas de sustentabilidade e com a transparência.
A empresa tem iniciativas que contemplam a vertical social do projeto, como o Instituto Rumo, iniciativa que visa desenvolver e apoiar projetos sociais nas comunidades onde a empresa opera, completou um ano em 2022 destinando mais de R$ 4,3 milhões em ações para geração de impacto positivo na sociedade.
Na redução de emissões, a empresa diz que a operação ferroviária emite cerca de 7,6 vezes menos Gases do Efeito Estufa (GEE) do que o modal rodoviário. Ainda assim, diversas ações de eficiência energética foram realizadas para melhorar a performance, ter menor consumo de combustível e, consequentemente, menor emissão de GEE na operação. Ações que permitiram a antecipação do atingimento da meta de 2023, com a redução de 17% das emissões de CO2 específicas desde 2019.