Da Redação – 24.02.2017 –
Iniciativa aconteceu para atender a safra recorde prevista para 2017. Concessionária tem 12 mil km de malha ferroviária, 966 locomotivas e 28 mil vagões.
A Rumo, fusão da América Latina Logística (ALL) e a Rumo, acredita que o Brasil vá exportar pelo menos mais de 12,6 milhões de toneladas de soja e milho nesse ano em relação a 2016. Essa é uma das razões que a companhia investiu na recuperação de 472 km de ferrovias – incluindo trechos do tronco principal da malha Paulista, por onde é exportada a produção agrícola do Mato Grosso. Outra frente envolveu a aquisição de 65 novas locomotivas no período, sendo 42 delas para as estradas de bitola larga (1,6 m), que compõem a Operação Norte, e 23 para as estradas de bitola métrica (1 m), que formam a Operação Sul.
Desde a fusão, em abril de 2015, os investimentos foram reforçados, de acordo com a Rumo. Os vagões comprados nos últimos dois anos (1.657) representam 6% da frota de 27 mil unidades. As locomotivas novas (109) passam de 10% do total mil máquinas operadas pela Rumo. No caso das melhorias, a operação também foi beneficiada, visto que o foco envolveu a renovação do material rodante, o que teria resultado na redução de 20% no consumo de combustível.
Para dar conta das suas atividades, a empresa tem hoje 12 mil funcionários diretos e indiretos e ainda conta com uma capacidade de elevação no Porto de Santos e no Porto de Paranaguá é de 29 milhões de toneladas ao ano. Os dois portos são cruciais, pois a Rumo opera no transporte de grãos do interior do Brasil para os dois portos: principalmente de Mato Grosso para o Porto de Santos (SP) e do interior do Paraná para o Porto de Paranaguá (PR).
“O ano de 2017 se apresenta como oportunidade de melhores resultados em virtude da perspectiva de crescimento do mercado e maturação dos investimentos que têm sido realizados”, disse o presidente da Rumo, Julio Fontana Neto. O crescimento da produção agrícola pauta o plano de negócios de longo prazo da empresa.
Em 2017, a produção de grãos volta à linha de crescimento traçada nas últimas décadas pelo Brasil. No último ano, o País registrou queda de 21% na produção de milho e de 1% na de soja, mas as previsões para a safra 2016/17 superam esses porcentuais. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pelo levantamento mais abrangente, a produção de milho deve aumentar 31% e a de soja tende a crescer 11% (dez pontos porcentuais acima dos índices de quebra, nos dois casos).