Redação – 17.05.2019 –
O Programa de Saneamento do Entorno da Baía de Guanabara teve redução de mais de 50% devido à crise econômica do Rio de Janeiro. O processo previa receber US$ 649 milhões com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Tesouro Estadual. Agora deverá receber US$ 291 milhões.
De acordo com o subsecretário estadual da Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Aler), Omar Kirchmeyer, desse valor só foram usados US$ 101 milhões. “Atualmente, estão garantidos um desembolso mensal de R$ 10 milhões empenhados para o programa pela Secretaria de Fazenda”, disse.
O presidente da Comissão, deputado Gustavo Schmidt, solicitou que a Secretaria encaminhe todas as informações relativas às medições executadas e os investimentos nas unidades de conservação. “Para cada um real investido em saneamento há uma economia de quatro reais em saúde, e em alguns casos até sete reais. Ver onde esse dinheiro está sendo aplicado é uma obrigação da comissão”, destacou o parlamentar.
Dos seis lotes de intervenção previstos, dois estão sendo executados. Estão sendo finalizadas as obras do primeiro lote no Tronco Coletor da Cidade Nova, onde foram investidos R$ 73 milhões e atualmente são despejados 350m/s de esgoto. A medida coletada é comparada a 12 piscinas olímpicas e poderá dobrar a capacidade quando as obras forem concluídas.
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A segunda intervenção é o sistema de tratamento de esgoto que está sendo executado em Alcântara, em São Gonçalo. Na localidade, estão sendo construídos 44,5 km de redes de esgoto. Os quatro lotes restantes não começaram e terão suas obras executadas em Duque de Caxias e em Irajá, na Zona Norte do Rio.
A Baía de Guanabara é um dos símbolos do Rio de Janeiro e sofre com o lançamento diário de esgoto nas suas águas. No seu entorno residem cerca de 7,6 milhões de pessoas.