Portos do Paraná é única autoridade portuária do mundo convidada a participar da COP26

Redação – 11.10.2021 – Empresa apresentou projetos que vem realizando para minimizar impactos ambientais de sua operação

A Portos do Paraná foi a única autoridade portuária do mundo convidada a participar da Conferência das Partes sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas – COP26. Como ocorreu em 2019, em Madri, na Espanha, apenas a empresa pública paranaense representa o setor no evento, em Glasgow, na Escócia, entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, ressalta que o convite para participar na COP26 é uma forma de reconhecimento do trabalho desenvolvido pela empresa pública na área ambiental.

Representada pelo diretor de Meio Ambiente, João Paulo Santana, a empresa pública apresentou dois painéis em um dos eventos paralelos oficiais, ambos dia 3 de novembro: o primeiro sobre “Modelos comprovados que aceleram o progresso de toda a indústria para atingir as metas climáticas e de sistemas alimentares” e o segundo com o tema “Definindo o futuro das finanças sustentáveis e dos investimentos sociais e ambientais”, demonstrando a busca por novas alternativas para o desenvolvimento sustentável.

Segundo Santana, a missão da Portos do Paraná na COP26 é compartilhar com o mundo as ações que estão sendo feitas no litoral paranaense. Ele afirma ainda que serão mostradas aos participantes do evento as ações para ao futuro. “Por último, apresentamos a assinatura da carta de compromissos que foi firmada com o Parque Tecnológico de Itaipu, para fazer os estudos da implantação de uma usina de hidrogênio verde dentro do Porto de Paranaguá”, conta Santana.

Projetos apresentados

Apresentado na COP 25, o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) já está em atividade no entorno das baías de Paranaguá e Antonina, em parceria com a comunidade local. Nas bacias do Rio Cachoeira e do Rio Cacatu é efetuado o serviço, através de catálogo e diálogo com famílias, que têm suas propriedades com áreas a degradadas, em especial mata ciliar.

O objetivo é recuperar esses locais e monitorar o quanto de sedimento é evitado de ser transportado para dentro da baía. Ou seja, a Portos do Paraná está planejando diminuir o assoreamento através da recuperação de mata ciliar, que ao crescer vai contribuir com o sequestro do carbono, segurar o sedimento no local e, no futuro, economizar com dragagem.

Outro projeto apresentado na conferência é a construção de uma usina de biodigestão de resíduos orgânicos no Porto de Paranaguá, alimentada com o material que hoje é varrido da zona portuária e encaminhado para o aterro sanitário. Esse produto gera no local gases de efeito estufa, além de liberar carbono durante a logística de varrição, transporte e disposição no local.

O estudo de viabilidade técnica está sendo elaborado em parceria com a empresa CI Biogás, localizada dentro do Parque Tecnológico da Itaipu Binacional, sem fins lucrativos, com expertise em estudos de viabilidade de plantas de biogás.

A Portos do Paraná apresentou também outro projeto em andamento no Parque Tecnológico de Itaipu, as chamadas usinas de hidrogênio verde. O projeto envolve estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para produção de hidrogênio verde dentro do Porto de Paranaguá, através possivelmente da implantação de painéis solares. O objetivo é consumir o hidrogênio verde no local, na frota do porto ou na produção de energia elétrica, para abater da conta de luz. Está em elaboração o estudo sobre qual será a melhor utilização do produto.