Virtualização do core e redes privativas vão guiar o ano de telecom, diz IDC

Redação – 03.02.2023 – Setor vai buscar habilitar mais funções de TI e vai apostar em novas ofertas com redes móveis 

De acordo com a IDC Brasil, o setor de Telecom vai crescer 3% em 2023, puxado pela necessidade por mais conectividade que a nuvem pede e pelo 5G. Mas a IDC também prevê que outras tecnologias vão atrair o interesse das operadoras e, entre elas, estão a virtualização do core de suas redes e a oferta de redes privativas móveis. 

A consultoria aponta que o setor vai buscar habilitar mais funções de TI, como BSS e OSS, além de digitalizar o atendimento aos clientes e adotar os aspectos de data driven, se guiando pelos dados. 

Isso será preciso por causa da digitalização de seus clientes e do 5G, que foi projetado para ser nativo em nuvem. Por isso, a IDC acredita que haverá mais acordos entre telcos e provedores de nuvem para fazer a virtualização das funções do core das redes de telecom, fazendo crescer o uso de plataforma e infraestrutura como serviço (PaaS e IaaS, respectivamente) nas operadoras. 

Redes móveis 

Também vai haver mais investimento em ofertas de redes privativas móveis, que representam novas oportunidades de receitas que vão além da conectividade, como serviços de segurança, armazenamento gerenciamento e análises de dados, entre outros. Essa oferta deve ser impulsionada pelos gastos em Internet das Coisas (IoT), que vão chegar a R$ 11,2 bilhões em 2026, sendo que 38% desse valor será destinado à conectividade, crescimento de 35% ao ano durante o período. 

Além disso, as telcos devem adotar o que a IDC chama de Wireless First, que é uma abordagem que busca delegar e descentralizar o acesso e o transporte de conectividade. Mais voltado para o B2B, ela envolve os endpoints que clientes usam e pode aumentar as ofertas de serviços gerenciados. 

A IDC afirma que o mercado de Wi-Fi 6, que deve puxar essa estratégia, deve crescer 17% no Brasil este ano por causa de tecnologias como IoT e inteligência artificial. A expectativa é que o Wi-Fi 6 representne 65% do mercado de W-LAN em 2026.