Receita e lucro líquidos da TIM crescem no primeiro trimestre de 2023

Redação – 10.05.2023 – Receita líquida chegou a R$ 5,6 bilhões no período, mas resultado líquido ainda é negativo

No primeiro trimestre do ano, a Receita Líquida Normalizada da TIM cresceu 20,2% na comparação ano a ano, conforme revelado pelos resultados financeiros da operadora. A empresa fechou o trimestre com R$ 5,681 bilhões de receita, com aumento do serviço móvel, do fixo e de produtos. O Lucro Líquido Normalizado cresceu 4% no período, e chegou a R$ 437 bilhões, enquanto o EBITDA cresceu 23% (R$ 2,612 bilhões), com Margem EBITDA Normalizada de 46%.

A Receita do Serviço Móvel (RSM) Normalizada totalizou R$ 5,193 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 21,1% no ano a ano. Isso aconteceu devido à incorporação de clientes da Oi Móvel, cuja migração para a TIM encerrou em abril deste ano. Além disso, a operadora diz que houve crescimento orgânico consistente nos segmentos pré e pós-pago.

O ARPU Móvel Normalizado (receita média mensal por usuário) atingiu R$ 27,9 no trimestre, crescimento de 1,7% no ano, mesmo com o efeito diluidor gerado pela adição dos clientes vindos da Oi, que possuíam um ARPU inferior. O ARPU do Pré-pago atingiu R$ 13,9 (crescimento de 5,4% A/A) e o do Pós-pago R$ 40,5 (alta de 3,6% A/A).

Já a Receita do Serviço Fixo somou R$ 315 milhões, representando um crescimento de 6% em um ano. O carro-chefe é a TIM UltraFibra, que cresceu 9,4% no período e chegou a R$ 209 milhões em receita, com um ARPU de R$ 92,9 no trimestre (+1,7% A/A). Segundo a TIM, até o final de março, 77% dos clientes da base possuíam planos com velocidades iguais ou superiores a 150 Mbps.

Custos e resultado líquido

Os Custos e Despesas Operacionais Normalizados totalizaram R$ 3 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 17,9% no ano a ano. A operadora justifica que isso aconteceu por conta da aquisição da Oi Móvel, incluindo o custo temporário referente à administração da base de clientes adquirida durante o processo de migração, além dos gastos atrelados a uma infraestrutura de rede e base de clientes maiores depois da efetivação da aquisição dos ativos.

Com isso, o Resultado Financeiro Líquido foi negativo em R$ 223 milhões, o que não é de todo ruim visto que houve uma melhora de R$ 25 milhões em comparação com o 1T22. A operadora diz que o resultado sofreu o impacto feito positivo relativo à renegociação de contratos de lease de torres (1,5 mil sites, incorporados no acordo com a Oi, foram descomissionados até final de março).

Por outro lado, houve maior pagamento de juros de dívidas financeiras devido ao aumento da taxa básica de juros (ela subiu dois pontos percentuais em um ano), menor recebimento de juros sobre caixa e equivalentes, devido à redução da posição de caixa da companhia no período, e maiores pagamentos de juros sobre arrendamentos, em função da absorção das torres da Oi.