Aeroporto de São Carlos vira centro de manutenção internacional de aviões

Redação – 27.03.2019 –

Primeiro voo internacional com objetivo exclusivo de manutenção aconteceu na semana passada

A internacionalização do aeroporto de São Carlos, no interior de São Paulo, é um salto na atratividade da cidade como polo de manutenção para aeronaves. Antes do processo, os aviões com manutenção prevista precisariam primeiro aterrissar num aeroporto internacional antes de seguirem para a cidade paulista. Agora, o processo é direto. Segundo a Latam Airlines Brasil, a internacionalização do terminal vai reduzir de quatro para um dia o processo de desembaraço aduaneiro e vai tornar o Centro de Manutenção da LATAM (MRO) mais competitivo mundialmente.

O objetivo do MRO é atender às demandas de aeronaves que buscam manutenção, tanto de aviões utilizados em voos domésticos quanto internacionais. “Ao tornar o processo mais rápido e eficiente, projetamos um crescimento de 14% da demanda por manutenções pesadas das nossas aeronaves em São Carlos”, afirma Alexandre Peronti, diretor geral do MRO. Ele destaca que o primeiro avião internacional a passar pelo processo direto veio do Equador na semana passada (21).

Aeroporto de São Carlos tem pista maior do que o de Congonhas, mas não recebe voos regulares 

Segundo a companhia aérea, São Carlos será responsável pela remodelação de mais da metade da frota dos aviões da família Airbus A320, utilizados nas rotas domésticas nos países em que a LATAM atua. Com a remodelação no MRO, as aeronaves receberão estofamento mais confortável e tomadas USB em todos os assentos. Em 2018, o Centro de Manutenção da LATAM em São Carlos realizou 178 checks e revisou mais de 45 mil componentes, que demandaram 620 mil peças novas.

O uso do aeroporto é restrito a aeronaves que serão submetidas à manutenção e a reparos assim que chegar do exterior ou antes de uma viagem internacional ou ainda em trânsito pelo espaço aéreo brasileiro. A portaria proíbe o transporte de passageiros e de carga, ou seja, não é permitido o embarque ou desembarques de passageiros. Atualmente, o aeroporto não recebe voos regulares, mas tem uma infraestrutura consolidada: sua pista de pouso e decolagem de 1.720 m x 45 m, é maior do que a do aeroporto de Congonhas, por exemplo.