Brasil pode ser top 5 em exportação de petróleo até 2030

Da Redação – 03.07.2018 –

Informação foi destacada no 4º Congresso Brasileiro de CO2, que destaca pressão para reduzir a emissão do gás 

Com foco em redução de dióxido de carbono, o evento realizado no Rio de Janeiro na semana passada levantou a importância do pré-sal para a economia brasileira e, é claro, para a emissão do CO2. Segundo José Mauro Coelho, diretor de estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Energia de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil poderá gerar 3,6 milhões de barris por dia em 2030. A potencial produção torna ainda mais importante o controle das emissões.

Dois exemplos bem sucedidos foram destacados, o da Petrobras e o da Equinor. A empresa brasileira produz atualmente 80 milhões de m3 de gás natural nos campos do pré-sal localizados na Bacia de Santos. Ao todo, 16 FPSOs operam em tais reservas, sendo que nove delas já funcionam com tecnologia para separação do dióxido de carbono do gás natural. A informação é de Wilson Mantovani Grava, gerente de P&D em Desenvolvimento da Produção do Cenpes/Petrobras.

“Desde 2008, já separamos e re-injetamos 7 milhões de toneladas de CO2. Hoje, a capacidade da Petrobras é de 2,5 milhões de toneladas por ano, resultado atingido na Bacia de Santos, no ano passado” diz ele. De acordo com Grava, os novos campos descobertos no pré-sal, porém, apresentam maior razão gás x óleo, o que, consequentemente, aumenta a concentração de CO2 para níveis que podem chegar a 45%. “Precisamos ser mais eficientes nos processos topside, que já operam com toneladas de equipamentos. Para isso, precisamos de novas tecnologias”, afirmou.

No caso da norueguesa Equinor, a meta de separação da geração de CO2 na produção exploratória também é ambiciosa. Responsável por aproximadamente 3% da produção brasileira de petróleo, a Equinor gera 9 kg de CO2 por barril – o que significa quase metade da média do setor, que é de 17 kg/barril. O objetivo é reduzir o volume para 8 kg de CO2 por barril em todo o processo de produção já em 2030. Nos projetos da companhia no Brasil, a meta é reduzir os atuais 20 kg/barril em Peregrino para 11 kg/barril na fase II. Em Carcará e Norte de Carcará, a geração é de 4,9kg/barril.