Brasil pode ter produzido dez vezes mais diamantes em 2016

Da Redação – 02.01.2017 –

A primeira jazida de diamantes primários (brutos) do Brasil, em Nordestina (BA), teve a exploração iniciada em 2016, ano no qual o volume extraído deve ser entre cinco e dez vezes maior que o de 2015, quando a produção brasileira foi de 31,8 mil quilates, ao valor total de US$ 1,5 milhões. A produção mundial foi de US$ 13,7 bilhões no mesmo período.

Em termos de exportações, em 2015 o Brasil forneceu cerca de 34,7 mil quilates ao valor total de aproximadamente US$ 5,7 milhões. Os principais destinos foram Emirados Árabes, Estados Unidos e Israel.

Além de Nordestina, o Projeto Diamantes do Brasil, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), tem revelado outras áreas kimberlíticas com possibilidades de se encontrar diamantes primários. Enquanto essas áreas são oficializadas, a produção de diamantes secundários continua a ocorrer por garimpeiros e por pequenos mineradores, principalmente nas regiões de Coromandel e Diamantina, em Minas Gerais, além de algumas áreas nos Estados de Goiás, Pará e Roraima.

Extração primária
Nesse processo, a rocha primária de diamantes chama-se kimberlito, em homenagem à cidade de Kimberley (África do Sul), onde foram encontrados diamantes pela primeira vez em 1870, resultantes de estudos geológicos, de pesquisa e exploração mineral.

Antes disso, o Brasil era o maior produtor de diamantes no mundo, sendo o local onde primeiramente se comercializou a pedra preciosa. Em 1860, foi descoberto o diamante Estrela do Sul, considerado um dos maiores do mundo com 128 quilates.