Campinas vira campo de provas de projetos de IoT do CPQD para cidades inteligentes

Redação – 27.11.2019 –

Iniciativas piloto envolvem áreas de segurança pública, mobilidade, eficiência energética e defesa civil e fazem partes do pacote de pilotos financiados pelo BNDES 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de aprovar os projetos piloto de Internet das Coisas do CPQD com enfoque em cidades digitais. O valor é relativamente pequeno em relação aos desembolsos do banco – R$ 3 milhões – mas não vamos esquecer a palavra piloto acima, ou seja, são projetos que tem como meta testar um modelo. O campo de provas será a cidade de Campinas.

O escopo do projeto envolve o uso de quatro camadas da IoT (dispositivos, conectividade, suporte à operação e segurança) interoperáveis por meio da utilização da plataforma de código aberto dojot, desenvolvida pelo CPQD. Para atender à complexidade do projeto, os dois pilotos serão conduzidos pelo CPQD em conjunto com um ecossistema formado por 15 parceiros, entre usuários (secretarias e empresas públicas, por exemplo), startups, empresas de serviços até gigantes globais de tecnologia, com atuação nos diversos elos da cadeia da IoT.

Monitoramento de placas faz parte do pacote de soluções 

O primeiro piloto é composto por três casos de uso, que têm como foco os desafios de ampliar a capacidade de vigilância e de monitoramento de áreas da cidade para mitigar situações de risco à segurança do cidadão. Uma dessas aplicações envolve o uso de videomonitoramento, com câmeras de alta definição, auxiliado por visão computacional, com o objetivo de aumentar a produtividade dos agentes de segurança pública.

Outro caso de uso consiste em um portal de monitoramento de veículos e placas, visando aprimorar a segurança e a mobilidade urbana. Para isso, a intenção é ampliar o número de portais de reconhecimento e identificação de veículos equipados com câmeras inteligentes conectadas via tecnologia sem fio IoT de última geração.

O terceiro caso de uso desse piloto prevê a medição de microclima na área urbana, por meio de estações meteorológicas compactas e conectadas que funcionarão integradas a sensores de nível de rios em pontos estratégicos da cidade. Isso permitirá fornecer dados relevantes, no tempo apropriado, para a Defesa Civil emitir alertas que poderão mitigar o impacto causado por desastres ambientais.

Solução vai acompanhar em tempo real tarifação de energia para iluminação pública 

O segundo piloto do projeto envolve o caso de uso de uma plataforma de telegestão para iluminação pública, a ser implantada em uma área do centro da cidade. O objetivo é  melhorar a prestação do serviço de iluminação pública, principalmente no que se refere à tarifação baseada no consumo real de energia, além de habilitar novos modelos de negócios para serviços que agreguem valor à rede de iluminação pública, como a microlocalização de ativos e a própria conectividade das estações meteorológicas compactas.

Além da implantação e integração dos casos de uso, o projeto também inclui a avaliação dos resultados e impactos da aplicação de IoT na cidade. A intenção é não só validar a tecnologia ou as soluções implantadas, mas, principalmente, avaliar sua aplicação no ambiente urbano, de forma a permitir extrair lições que irão orientar a disseminação da experiência para outras cidades.