Ciena prepara a ponte para o 5G

Da Redação – 16.02.2018 –

Foco dos novos recursos permitiria escala e automação dos serviços com o cenário que combina a entrada da quinta geração com a infraestrutura atual

Especializada em tecnologias e estratégia de redes, a norte-americana Ciena está de olho na etapa de transição entre o 4G e 5G. Na avaliação da empresa, o compartilhamento acontecerá durante um bom tempo e exigirá um jogo de cintura das operadoras de telecomunicações, inclusive com investimento inteligente em infraestrutura de rede fixa, a saber: instalações de celular e data centers mais descentralizados, hospedando conteúdo. “À medida que o tráfego de banda larga móvel e de IoT continua a crescer exponencialmente nessas redes, a latência, a taxa de transferência, a confiabilidade e os requisitos de segurança serão extremamente exigentes e necessitarão de mais do que uma simples atualização ou expansão da rede” diz o documento oficial da empresa.

E de onde vem a experiência da Ciena? Entre outras fontes da base tecnológica instalada nas chamadas redes de backhaul para operadoras móveis, ou seja, a infraestrutura intermediária entre o acesso final ao usuário e os backbones ou redes de longa distância. De acordo com a empresa, com base nesse histórico real em redes 3G e 4G, ela pode oferecer um projeto aberto e escalável para as novas malhas 5G. Tecnologicamente, as soluções propostas – e que devem ser apresentadas com maior ênfase em Barcelona, no Mobile World Congress 2018, envolvem as plataformas Converged Packet Optical e Packet Networking.

Os recursos consideram as etapas de transição, onde as redes 5G vão oferecer velocidades 100 vezes mais rápidas do que o 4G LTE e uma latência 10 vezes menor. Já o volume de dados será mil vezes maior, assim como o número de dispositivos conectados, que deve ser multiplicado por 100.  Para a Ciena, tal cenário vai viabilizar o uso do FWA, sigla em inglês para acesso sem fio fixo, além da banda larga móvel, realidade aumentada/virtual, IoT e muitas outras aplicações.

“Com os esperados ganhos de desempenho do 5G, os operadores precisam preparar imediatamente a sua rede fixa, de ponta a ponta”, argumenta Steve Alexander, diretor de Tecnologia da Ciena. Já Monica Paolini, analista Chefe da Senza Fili Consulting, lembra que a  mudança para o 5G não acontecerá da noite para o dia, “mas é necessário que os operadores se preparem para essas mudanças se quiserem permanecer competitivos”.

Leia também a entrevista completa com a Patrícia Vello, presidente da divisão brasileira da Ciena, clicando no link abaixo. 

Ciena avança com seu conceito de rede de telecom autônoma

Player importante na ativação de infraestrutura óptica no Brasil, a norte-americana Ciena tem ampliado sua participação nas redes de operadoras, inclusive mirando no mercado de provedores regionais. Nessa entrevista, Patrícia Vello, presidente da divisão brasileira, explica alguns dos temas que estão no foco da companhia.