Commscope aposta no histórico em redes e na convergência de tecnologias para conquistar provedores

Rodrigo Conceição Santos, do InfraDigital (Especial FTTH Meeting) – 23.09.2020 –

Poucas pessoas devem saber que a desenvolvedora e dona da patente das caixas de emendas ópticas dos tipos Focs e Fits foi a Raychem. As patentes duraram até o início dos anos 2000, quando novos competidores entraram no mercado. A Raychem foi comprada pela Tyco Electronics (TE), que por sua vez foi adquirida pela Commscope, em 2015. Esse histórico é um exemplo de como a multinacional foi estruturada ao longo dos anos. E esse legado é a primeira parte da sua estratégia para avançar na oferta de soluções para as redes dos provedores regionais brasileiros.

“Não há como pensar em redes futuras sem considerar a convergência das tecnologias existentes”, pontua Emerson Santos, engenheiro de aplicação da Commscope. Pois bem, a convergência tecnológica é a outra parte da estratégia da Commscope, que enxerga no mercado de provedores um campo amplo para a construção de redes eficientes e à prova de futuro.

Com mais de 20 mil colaboradores no mundo, a Commscope está dividida em quatro áreas de negócios: Redes Locais, Telefonia Móvel, Redes Domésticas e Banda larga, onde também entram soluções para redes metálicas, mas o foco é majoritariamente nas redes ópticas. A junção desses portfólios, segundo o especialista da empresa, permite que a Commscope oferte soluções de conectividade fim a fim.

Voltando às redes de fibra óptica como o meio necessário para prover todas as soluções do portfólio, a empresa mantém uma fábrica de cabos nos EUA e aposta que equipamentos com maior tecnologia embarcada, como acredita serem as suas caixas de emendas ópticas, permitirão novas topologias de redes, necessárias para vencer o desafio dos postes e subterrâneos congestionados em grandes cidades. “Vemos grande futuro para as soluções de microdutos e microcabos para vencer a falta de espaço nos postes. Nesse aspecto, dispomos de tecnologias para aplicações tanto aéreas como subterrâneas, inclusive adequadas para as instalações de redes por métodos não destrutivos como os pontuados acima”, reforça Santos.

Caixas de emenda óptica devem ter tecnologia avançada

O especialista da Commscope defende que a construção das redes atuais serão determinantes para o avanço na oferta de serviços e tecnologias no futuro próximo. Entre os serviços ele cita os vídeos 4k, inteligencia artificial, internet das coisas, cloud computing e outras. Pensando que cada vez mais as redes devem suportar o tráfego de dados simultâneo desses serviços, Santos indica que os provedores regionais devem apostar na utilização de equipamentos e componentes que tornem as suas redes à prova de futuro.

“As nossas caixas Fosc (Fiber Optical Splice Closre), por exemplo, permitem escalonamento e têm durabilidade”, diz Paulo Munhoz, diretor de vendas da Etelmaster (distribuidora da Commscope no Brasil). Ele explica que os componentes têm plástico com pigmentação específica para suportar raios ultravioletas, estanqueidade altamente desenvolvida para evitar infiltração nas emendas das fibras e modelos diversos para aplicação tanto em redes aéreas quanto subterrâneas, sendo que essas últimas suportam até submersão em lâminas de água de 5 metros.

Segundo Munhoz, as caixas de emenda óptica da marca têm durabilidade média superior a 25 anos, com casos que passam de 30 anos de aplicação, dependendo da utilização na rede. “A tecnologia foi lançada e patenteada pela Raychem em 1986 e não é incomum encontrarmos equipamentos instalados desde essa época”, diz.

A Commscope apresenta as suas soluções durante o FTTH Meeting, evento virtual em realização nesta semana e com cobertura exclusiva do InfraROI. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em www.ftthmeeting.com.br.

(*) O InfraDigital é um projeto comum de conteúdo do InfraROI e o do IPNews. Para informações sobre o formato, consulte Jackeline Carvalho (jackeline@cinterativa.com.br), Nelson Valêncio (nelson@canaris-com.com.br) ou Rodrigo Santos (rodrigo@canaris-com.com.br).