Concessionárias privadas de saneamento atendem 15% da população, mas responderam por 20% dos investimentos em 2014, segundo Abcon

Da Redação – 12.07.2016 –

Setor deve aplicar R$ 12,57 bilhões entre 2015 e 2019 e aumentar a representatividade na matriz de brasileira de saneamento básico.

Para universalizar o saneamento básico (tratar e coletar esgoto e fornecer água para toda a população) o Brasil precisa de R$ 15,63 bilhões/ano de investimentos durante 20 anos. Mas isso não ocorre a contento. Em 2014, por exemplo, foram aplicados R$ 12,2 bi, dos quais cerca de 20% (R$ 2,5 bi) vieram de concessionárias privadas. Nesse ritmo, e sem considerar o crescimento populacional, o saneamento só será universalizado em 2051.

Os dados são da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), e foram publicados em seu anuário, recentemente lançado e onde se relaciona que as concessionárias privadas atendem 15% da população, ou 5% das cidades brasileiras (316 cidades).

Ainda segundo a Abcon, o segmento de concessionárias privadas é minoritário em relação às companhias públicas estaduais, que atendem 70% dos municípios, e também às prestadoras públicas locais e microrregionais (responsáveis por 25% das cidades). A população atendida direta ou indiretamente pelas concessionárias privadas é de 31,1 milhões de pessoas.

“O Panorama da Abcon é lançado no momento em que o novo governo sinaliza que o saneamento será prioridade, e que a participação da iniciativa privada é reconhecida como fundamental para que o país possa avançar em suas metas de universalização”, diz Paulo Roberto de Oliveira, presidente do Conselho Diretor da associação. Segundo ele, esse setor tem R$ 33,18 bilhões em projetos contratados, dos quais R$ 12,57 bilhões estão previstos para serem aplicados entre 2015 e 2019.