Concessionárias vanguardistas de saneamento podem economizar US$ 41 bi em dez anos

Redação – 28.01.2019 –

Relatório avalia que estratégias avançadas de gerenciamento de ativos podem gerar US$ 41 bilhões de economia em concessionárias de saneamento

Um levantamento da consultoria norte-americana Bluefield mostra como concessionárias inovadoras podem servir de exemplo para o setor de saneamento urbano. Os dados estão no relatório Advanced Asset Management in Municipal Water: Global Trends & Strategies, 2018 – 2027, lançado em maio do ano passado. No centro do material estão as estratégias de gerenciamento de ativos, com destaque para as iniciativas de early adopters, ou seja, os vanguardistas.

Traduzindo em números, as estratégias mais inteligentes de gerenciamento de ativos podem representar uma economia de cerca de 41 bilhões de dólares em termos de investimento de capitais. “As concessionárias confiam em soluções de gerenciamento de ativos para maximizar o ciclo de vida dos equipamentos e priorizar os investimentos de capital para a infraestrutura mais importante”, detalha o documento. Segundo o relatório, no foco das concessionárias estaria na avaliação do envelhecimento da infraestrutura e no aumento da volatilidade climática, entre outros.

A integração de soluções de gerenciamento de ativo pode levar as concessionarias de saneamento a uma economia anual de 20% em temos de requerimento de capital, ao mesmo tempo em que pode investir na melhoria operacional. O material se refere a um ambiente de primeiro mundo, uma vez que a análise foi baseada na experiência atual de 31 empresas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e de alguns países europeus. Juntas, elas gerenciam serviços que totalizam US$ 2,9 trilhões e atendem cerca de 822 milhões de pessoas.

Big Data, Analytics e outros

A estimativa da Bluefield indica que as soluções de gerenciamento de ativos podem representar ganhos de US$ 1,2 bilhões em investimento de capital por ano (para 2018), escalando para US$ 7,3 bilhões em 2027. E quem estaria direcionado esses ganhos? Isso mesmo, os recursos de coleta de dados e Analytics.

Vamos lá: as concessionárias mais visionárias estão investindo no aumento da coleta e interpretação de dados, o que lhes dá uma visão melhor das condições e da operação de duas redes. Decisões proativas tem substituído as ações reativas, o que pode estender o ciclo de vida de ativos e infraestrutura que vem envelhecendo. A integração de dados também ajuda a quebrar a mentalidade de silos que ainda existe em muitas concessionárias.

Ecossistema inclui de ABB e GE a IBM e SAP

E onde estão essas companhias early adopters? Segundo a Bluefield, companhias como a Copperleaf, SEAMS, and Servelec Technologies, do Reino Unido, fazem parte da lista de investidores em soluções avançadas de gerenciamento de ativos. A lista inclui também empresas como Fracta e Baseform, que têm compilado dados sobre tubulações e aplicado algoritmos para prever falhas em sua infraestrutura. Os parceiros, incluindo fornecedores de equipamentos como a Xylem ou empresas especialistas em modelamento como a Bentley, também tem ajudado no processo.

O ecossistema não seria completo sem a presença de firmas de tecnologia como IBM e SAP, além de players importantes de infraestrutura como a ABB, GE e Schneider Electric. Essas três últimas, de acordo com a consultoria, tem construído uma oferta de serviços digitais, com a aquisição de outras companhias.