Consórcio vai analisar modelagem para concessão de 5.348 km de rodovias federais

Redação – 21.09.2020 –

Expectativa é que as análises sejam finalizadas até 2021. Estimativa é de investimentos de até 30 bilhões no período de concessão

O Ministério da Infraestrutura (MInfra) deu mais um passo para conceder cerca de 5,4 mil km de rodovias federais para a iniciativa privada. Se tudo der certo, serão R$ 30 bilhões investidos ao longo das décadas de concessão. A fase atual é de estudos a respeito dos ativos passíveis de concessão em 11 estados. Os estudos serão realizados pelo consórcio LOGIT – ATP – QM – JGP, composto pela Logit Engenharia Consultiva, Future ATP Serviços de Engenharia Consultiva, Queiroz Maluf Sociedade de Advogados e JGP Consultoria e Participações.

O grupo venceu a licitação coordenada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para a realização do projeto, que compreende serviços técnicos de apoio, avaliação, estruturação e implementação da desestatização. A previsão é que os estudos sejam concluídos no terceiro trimestre de 2021, permitindo a realização dos leilões em 2022. O processo de desestatização deve melhorar a qualidade das BRs e contribuir para a redução de acidentes no país.

O trabalho envolverá atividades como estudos de demanda, engenharia, análises socioambientais, indicação de melhorias e inovações no setor rodoviário, análise jurídica, avaliação econômico-financeira, elaboração de minuta de edital e apoio às audiências públicas. Serão objetos do estudo 12 trechos rodoviários, sendo o maior deles na BR-101, entre Feira de Santana/BA e Natal/RN, com 1.045 km. Além de Bahia e Rio Grande do Norte, as rodovias passam por Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Rio Grande do Sul.

Na avaliação do ministro do MInfra, Tarcísio Gomes de Freitas existem prioridades na lista de rodovias, caso da BR-364/MT/RO, da BR-364/060/MT/GO, da BR-232/PE e da BR-116/290/RS – corredores logísticos estratégicos no escoamento da produção nacional, seja de commodities ou produtos manufaturados, no mercado interno ou externo. “Temos que colocar cada projeto de pé e dentro do prazo, mas alguns eu vou cobrar para que sejam solucionados de forma mais célere, porque algumas rodovias incluídas precisam de soluções urgentes”, disse.