Em plena crise, distribuidora de energia amplia lucro em 112%

Da Redação – 17.11.2017 –

Energisa vê falta de chuva e calor como motivadores de maior consumo, principalmente no Centro-Oeste.

A Energisa divulgou o balanço de janeiro a setembro de 2017, quando lucrou R$ 340 milhões. O montante representa quase 112% de crescimento em relação ao mesmo período de 2016. A companhia controla sete distribuidoras de energia em Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo e Paraná, onde, na média, houve aumento do consumo de energia de 3,9%. Isso inclui tanto no mercado cativo como o livre.

O consumo registrado no período é acima da média nacional em 3,6 pontos percentuais. Quanto ao lucro da companhia no ano, o último trimestre (3º do ano) foi o de maior crescimento, levando lucro de R$ 131,1 milhões, contra R$ 63,3 mi registrados no terceiro trimestre de 2016.
O endividamento da empresa também reduziu. De acordo com o relatório, a dívida líquida partiu e R$ 6,3 bilhões em junho de 2017 para R$ 6,1 bi em setembro. Já o EBITDA Ajustado totalizou R$ 517,9 milhões no terceiro trimestre de 2017, o que representa queda de 12,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No consolidado de 12 meses (setembro-setembro) o EBITDA Ajustado totalizou R$ 2,1 bilhões, e a relação dívida líquida por EBITDA Ajustado ficou em 2,9 vezes no período. “A queda do EBITDA se deve a efeitos não recorrentes, ocorridos no 3T16, que elevaram o EBITDA daquele trimestre. Se desconsiderarmos esses efeitos extraordinários do ano passado, o EBITDA teria crescido 12,3%”, diz Maurício Botelho, vice-presidente Financeiro e diretor de relações com investidores do Grupo Energisa.

Mercado
O consumo de energia do Grupo totalizou 7.274,7 GWh, crescimento de 3,9%. O resultado foi puxado principalmente pela região Centro-Oeste, sendo que só Mato Grosso as vendas aumentaram 9,0%. O destaque ficou para as classes residencial (+12,2%) e rural (+8,4%).
Na Energisa Mato Grosso do Sul o valor foi 7,7% maior, com crescimento de 9,7% e 11,0% nas classes residencial e rural, respectivamente. Os resultados positivos das classes residenciais em ambos os estados se devem às temperaturas mais altas, escassez de chuva e baixa umidade do ar, o que impulsionou o uso de equipamentos de ar condicionado e umidificadores de ar. Também apresentaram destaque os números na Energisa Sul-Sudeste, com 4,5%, e na Energisa Tocantins, com 3,6%.