Em tempos de crise, pós-vendas é a aposta de fabricantes de equipamentos

Por Rodrigo Conceição Santos – 09.06.2015 –

Para Auxter e BMC-Hyundai, a melhor forma de enfrentar o mercado recessivo é vender mais. Pleonasmo? Não, porque a venda a qual elas se referem não é a tradicional, de equipamentos novos. Ambas as empresas, ao invés de dar enfoque a novos modelos de máquinas da linha amarela, expõe na M&T Expo seu know-how em assistência técnica, algo que deve se tornar cada vez mais representativo dentro dos seus negócios de distribuição.

No caso da BMC-Hyundai, o destaque é a garantia dobrada, para escavadeiras e pás-carregadeiras Hyundai fabricadas no Brasil (série 9S). Agora, o adquirente de um equipamento novo ganha 3 mil horas ou 24 meses de garantia, o que ocorrer primeiro. Antes, o plano era de 12 meses ou 2 mil horas operacionalizadas.

Essa solução foi lançada em conjunto com o Plano de Manutenção Preventiva (MPP+) da empresa. “Através de manutenções realizadas de acordo com os intervalos e ações recomendadas pelo fabricante, pretendemos minimizar os riscos de paradas inesperadas nas operações dos nossos clientes”, explica Alcides Guimarães, gerente nacional de pós-vendas da BMC-Hyundai. Com isso, segundo ele, é possível realizar uma venda de custo previsível, com valor fechado e preço fixo até a última revisão.

Já a Auxter se apoia no fato de que o indicador de penetração de mercado da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), mostrou crescimento de 30% em 2015, em relação ao ano anterior, do parque de máquinas da JCB (marca que distribui), com idade igual ou superior a seis anos. Assim, na visão de Luís Fernando de Carvalho, deve haver mais demanda por manutenção, elevando a importância do pós-vendas para os negócios da distribuidora.