Empresa mapeia 15 mil obras de infraestrutura no Brasil

Da Redação – 15.03.2016 – 

Especializada em inteligência de mercado, Neoway também acompanha mercado de infraestrutura, com série histórica de dados. Base inclui mercado de óleo, gás, saneamento e energia, entre outros. 

Os recursos de Big Data e Data Science fazem parte das ferramentas que a Neoway, empresa com cinco escritórios no Brasil e no exterior e cerca de 300 profissionais, usa para acompanhar alguns segmentos, entre eles o de infraestrutura e o de construção civil. No primeiro caso, a companhia mantém uma série histórica de dados desde 2009, cobrindo as áreas de óleo e gás, transporte, infraestrutura esportiva, saneamento e energia.

Nesse rol estão listadas cerca de 15 mil obras de infraestrutura, cujo monitoramento envolve detalhes como a fase de desenvolvimento e o valor de investimento. “Como temos a série histórica, podemos analisar e verificar a evolução desses setores, mantendo um acompanhamento integral dos segmentos”, explica Jaime de Paula, CEO e fundador da Neoway.

De acordo com o executivo, as informações são georreferenciadas. O segmento de telecomunicações é um exemplo: os recursos permitem que a Neoway faça o cruzamento da infraestrutura física, que determinada operadora possui, com o potencial de clientes usuários. Um caso real é da ativação e  envolve a ampliação de rede óptica em São Paulo. Ao cruzar informações estratégicas, a empresa pode indicar os caminhos mais racionais para aumentar o número de clientes e conseguir um retorno de investimento (ROI) mais rápido.

Em relação à construção civil, a companhia monitora os segmentos imobiliário e industrial. O processo envolve grandes obras, ou seja, acima de 3 mil m² de área construída. A avaliação é feita via entrevista com os responsáveis pelo canteiro e inclui a análise de mais de 160 itens usados na construção. “Com isso, conseguimos disponibilizar as informações no momento certo da venda de cada material”, argumenta Jaime. O executivo destaca que há um banco de dados sobre empreendimentos menores, mas sem o detalhamento das grandes obras.

Em função da base de informações que vem construindo, a Neoway atende dois tipos de usuários. O mais óbvio é o de fornecedores da cadeia de construção, que podem fortalecer seu “QI”, com os dados de inteligência coletados. Nesse grupo, Jaime inclui grupos que atendem as grandes construtoras, caso da Votorantim, Deca, Saint Gobain e Portobello, entre outros.

Já a segunda vertical consumidora de informações é formada pelas próprias construtoras e imobiliárias. “Com a inteligência de mercado, elas conseguem focar no comprador mais alinhado com o perfil do produto que se está lançando”, explica o executivo da Neoway. Na avaliação de Jaime, os recursos de Big Data e Data Science permitem a elaboração da clonagem de perfil do cliente para cada tipo de obra.

A compra recente de outra empresa do segmento, a Criactive, reforça o foco da Neoway no segmento de construção civil, segundo ele.  “Não existe uma empresa com nosso perfil, pois temos uma plataforma de Big Data Analytcs e mais a plataforma de dados. Existem concorrentes em parte das soluções que oferecemos”, conclui.