Empresa neozelandesa emite “certidão de nascimento” do concreto usando IoT

Nelson Valêncio – 06.02.2020 –

A Solução CoreHub está sendo mostrada no World of Concrete (WOC 2020), maior evento mundial da indústria de concreto.

A Coretex é uma empresa da Nova Zelândia com operações na vizinha Austrália, mas durante esta semana o foco da companhia é o mercado norte-americano. Ela tem um estande discreto, numa área mais high tech do World of Concrete e um histórico interessante: as suas soluções de gerenciamento de frota são adotadas em 50 mil veículos do mercado de construção, incluindo betoneiras e caminhões de transporte de agregados. O número total da frota que adota algum recurso da companhia é 70 mil, o que explica o interesse no setor da construção.

De acordo com Chet McHenry, diretor da área de vendas corporativas para os Estados Unidos e Canadá, a solução integrada de internet das coisas (IoT) tem a capacidade de emitir uma espécie de certidão de nascimento do concreto. Explicando: os sensores sem fio instalados nas betoneiras conseguem coletar dados como a rotação da betoneira e a água adicionada ao longo do transporte e no local de aplicação do concreto. O papel da solução CoreHub é integrar todas as informações e oferece-las de forma amigável num dashboard para os usuários.

O CoreHub nasceu da expertise da Coretex, que tem uma plataforma baseada na nuvem, para onde migram os dados coletados pelos sensores do Corehub. Os dispositivos são ativados, segundo McHenry, de forma fácil, praticamente plug and play, na betoneira e usam as redes sem fio de telefonia móvel para transmitir os dados para a nuvem. As funcionalidades de GPS também alimentam a plataforma 360 da Coretex, permitindo a criação de dados de business intelligence (BI) do negócio.

Segundo McHeny, é possível ativar outros sensores, captando outros tipos de dados. É o caso da combinação de inputs sobre umidade, temperatura e indicações de georreferencia, o que pode facilitar a entrega mais segura do concreto. A otimização de rotas, por outro lado, permite o uso mais racional do material e sua reciclagem, se for o caso. Lembrando que além do mercado de concreteiras, a solução como um todo pode ser aplicada em outras cadeias da construção civil, caso dos produtores de agregados.