Futurecom: telecom olha pra si mesma durante a semana

Da Redação – 03.10.2017

Principal evento do setor começou ontem, tem novidades tecnológicas e discussões de mercado. Veja alguns dos exemplos da feira que acontece até essa quinta

A dois meses de encerrarmos o fatídico ano de 2017, o setor de telecomunicações faz uma pausa para discutir a si mesmo, ou seja, falar de tecnologias – telecom e TI têm uma velocidade peculiar – e do mercado em si. É o caso da RFS, com soluções para cidades inteligentes, um dos assuntos ligados diretamente à infraestrutura. No caso da fabricante, um dos destaques é a antena camuflada, personalizada e mais compacta, mas a companhia aposta na oferta de soluções integradas, incluindo o roteiro para evolução das redes LTE e 5G. A sueca Ericsson também avança nesse caminho e defende o conceito de fronteira digital, incluindo a parceria com uma série de startups para a oferta de soluções que aproveitam a infraestrutura de telecomunicações e TI (TIC).

No caso da japonesa Furukawa, o destaque é o mercado de data centers do tipo hyperscale. Segundo a empresa, já haveria pelo menos 300 deles em funcionamento no mundo e eles exigem uma arquitetura de rede e hardware mais flexíveis, para expansões imediatas e em grande escala. Sendo uma fabricante para o setor, ela entraria nessa seara com cabos ópticos de ultra alta capacidade (UHCF), os quais permitiriam melhor aproveitamento e acomodação das fibras dentro dos tubos: podem conter até 3.456 fibras, mantendo o diâmetro reduzido (28 mm).

Também atuante no segmento óptico, a Viavi foca na redução de custos e melhoria da qualidade de serviços para quem tem força de campo, um potencial universo de clientes de suas soluções. Entre os targets estão as empresas com interesse em gerir melhor as operações e manutenção das redes de acesso. Outro enfoque são as redes de metropolitanas e de alta velocidade, com enfoque em implantação e manutenção. A empresa quer compartilhar experiências de clientes que já trabalham na ativação de infraestruturas desse tipo – operando em 100G – aumentando a transmissão de dados e otimizando custos.

Além de cidades inteligentes e novas redes de telecomunicações, outra fonte de apelo é a Internet das Coisas (IoT), tema de uma pesquisa que a Logicallis deve apresentar nessa semana. Trata-se do segundo ano que a companhia divulga o IoT Snapshot, que faz um balanço da maturidade do mercado em relação à adoção e ao potencial da tecnologia no Brasil. A pesquisa revela os investimentos realizados em 2017 e os principais desafios e benefícios encontrados pelas grandes empresas brasileiras para adoção de IoT. Além disso, identifica os segmentos em que a tecnologia está mais madura e os mais propensos a investir nela.

Duas associações de classe na área de provedores regionais também usam a Futurecom como plataforma de integração do seu ecossistema. No caso da Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), o recurso principal é uma série de palestras no último dia do evento. A IoT, de novo, aparece como um dos temas, assim como a questão de tributação para o setor. Além das palestras específicas, a entidade participa do fórum principal da Futurecom. A Associação Brasileira de Internet (Abranet), por sua vez, criou a Futurenet, evento que acontece hoje, dia 02, envolvendo startups, fabricantes e os próprios provedores.