GCP lança sistema de IoT para betoneira

Por Nelson Valêncio (*)  – 24.08.2017 –

GCP Applied Technologies apresenta no B

Computador a bordo mostra indicadores da mistura de concreto nas betoneiras

rasil sua tecnologia Verifi, com base em recurso de Internet das Coisas (IoT) e já usada nos Estados Unidos e Reino Unido

O rastreamento de grandes frotas baseado em localização via redes de telefonia móvel não é novidade. Ponto. Já o controle da dosagem de aditivos de concreto em caminhões betoneira – na entrega do material no canteiro de obras – é um diferencial. Quem apresenta a novidade no Brasil é a GPC Applied Technologies, empresa com soluções para o mercado de construção civil e cimento, entre outros, incluindo, é claro, aditivos que melhoram as características do concreto.

Com o nome Verifi, o sistema é mais o que um rastreamento tradicional: envolve a aplicação de aproximadamente sete ou oito sensores nas betoneiras, medindo desde a velocidade de rotação do tambor dos caminhões até a temperatura do concreto, além é claro, dos dados de movimentação do veículo. Resultado: os frotistas – sendo o mercado alvo as concreteiras com uma frota média de 100 veículos – podem aperfeiçoar a gestão não só da frota, mas do próprio concreto.

“Elas têm um controle muito apurado do processo em suas centrais de concreto e na aplicação do produto na obra, mas há um vácuo de dados na etapa intermediária de entrega”, explica Rodrigo Lamarca, diretor de Vendas para o Brasil e Cone Sul da GCP. Segundo ele, a tecnologia foi adquirida com a compra de uma empresa especializada na tecnologia de Internet das Coisas (IoT), o que agregou o serviço ao escopo da fabricante. Já operacional nos Estados Unidos e Reino Unido, o Verifi está ativo em cerca de dez companhias, com frotas entre 50 e 500 caminhões.

Para operacionalizar a gestão inteligente, os dados captados pelos sensores são concentrados num tablet na cabine do caminhão e enviados via chip  de telefonia 3G móvel ao servidor da GCP que fica na nuvem. O hardware funciona em comodato e tem dispositivos que informam caso ele seja violado. Para o gestor de frota o que chega, no entanto, é um relatório refinado com a interpretação dos dados, ou seja, informação. Ou conhecimento, considerando que, como especialista em concreto, a GCP pode cruzar as informações de adição de produtos químicos com outros inputs como velocidade de rotação do balão da betoneira, entre outros.

“A implantação do Verifi começa efetivamente depois de 30 dias, que é um período em que apenas captamos os dados para preparar um diagnóstico”, adianta Lamarca. Depois dessa fase, a empresa elabora um plano conjunto de trabalho para as concreteiras e começa o ajuste fino de infomações. O executivo lembra que ainda não há contratos para o Verifi no país, mas acredita na viabilidade do sistema.

(*) O Editor executivo Nelson Valêncio está fazendo a cobertura da Concrete Show 2017, evento que começou ontem e será finalizado nessa sexta.