Internet das coisas deve mudar modelo de negócios das empresas de energia

Redação – 29.01.2019 –

Avaliação é da Sierra Wireless, empresa que se autointitula como terceiro fabricante de módulos para gerenciar e monitorar uso de energia

Um modelo de negócios que não tem mudado muito nos últimos cinquenta anos deve passar por transformações com a adoção sempre crescente da Internet das Coisas (IoT). A avaliação é da Serra Wireless, que atua no segmento de duas formas: na oferta de módulos para gestão e monitoramento de energia em medidores inteligentes e com a oferta de roteadores para smart grids e para controle de frotas. O processo de mudança, aliás, não fica restrito à energia elétrica e engloba as concessionárias de gás e água.

Para a Sierra Wireless, as transformações são positivas, incluindo a maior capacidade de as concessionárias avaliarem suas redes e a criação de serviços personalizados. A instalação de medidores inteligentes já tem permitido isso, ao prover dados em tempo real sobre o consumo de energia. No caso das redes inteligentes ou smart grids, como citado acima, os benefícios incluem a previsibilidade de falhas, na medida em que os equipamentos são analisados constantemente ao longo da infraestrutura de rede.

Energia como serviço é um dos modelos de negócios novos

Pra resumir, a Sierra Wireless enxerga três novos modelos que a IoT trouxe para as utilities. O primeiro é a de ser um integrador inteligente (smart integrator, do inglês), ou seja, em vez de possuir os ativos, o integrador inteligente monta sua rede a partir de terceiros e provê o software que vai rodar a rede. Com isso, ganha escala, reduz custos e pode prover um serviço local.

O segundo modelo é o de utility de serviço de energia (energy service utility), similar ao modelo atual, mas com a filosofia de ter o serviço ao cliente como centro da operação. Nele, a ideia é encontrar meios de reduzir de forma geral o consumo e dar aos clientes os dados que ele necessita para reduzir, por si próprio, a energia. No terceiro modelo, a concessionária passaria a ofertar a energia como serviço, incluindo financiamento para programas de energia solar e eólica.