IoT está na base do canteiro do futuro

Redação – 17.11.2020 –

Avaliação do uso da Internet das Coisas em obras de construção foi um dos destaques de evento sobre concreto

O canteiro de obras ficará cada vez mais digital na opinião de Rick Yelton, editor geral do World of Concrete, evento internacional que vem sendo coberto há anos pelo InfraROI por meio de uma parceria com a Informa Group. Na evolução do canteiro, Yelton destacou (em evento digital na semana passada, o uso da IoT, em especial na cadeia do cimento e do concreto. Entre essas tendências estão a integração de dispositivos de IoT com maquinários, equipamentos e até o vestuário dos operários no canteiro de obras.

“A tecnologia IoT não é uma novidade, mas é um ativo importante que está transformando o setor da construção, com aplicações nos processos de fabricação do concreto e nas questões de segurança dos trabalhadores”, afirmou Yelton. Segundo ele, já existem dispositivos no mercado, inclusive de origem militar, que são aplicados em artigos do vestuário dos trabalhadores, como capacetes, coletes e botas.

O especialista lembrou que são componentes que podem ser adicionados sem muitas modificações ao vestuário e que indicam a localização em tempo real e também fazem a medição da temperatura corporal da pessoa. “O que pode ser valioso para os trabalhadores que ficam, por exemplo, muito tempo expostos ao sol”, aponta o editor geral do World of Concrete.

Outras tendências exemplificadas por Yelton foram o uso de realidade aumentada e virtual e o machine learning. Entre as possibilidades destas inovações estão a criação de programas virtuais para o treinamento seguro de operários para o bombeamento de concreto, scanners para o monitoramento no nivelamento de pisos e robôs para a inspeção da obra em locais de difícil acesso.

Outro ponto indicado foi o crescimento da manufatura aditiva, que significa a criação de objetos sólidos por sucessivas camadas de material, depositadas com precisão geométrica a partir de softwares de modelos digitais ou impressoras tridimensionais (3D).

Para finalizar, ele falou de adaptações que foram aceleradas devido à pandemia da Covid-19, uma vez o que o setor é considerado um serviço essencial e, portanto, não parou as atividades. Um exemplo recente é a tecnologia de uma empresa neozelandesa que emite um alerta no caso de duas pessoas ficarem tão próximas a ponto de extraporem o limite de distanciamento social.