Mineradoras aquecem mercado de transporte de passageiros em Minas Gerais e no Pará

Redação – 18.11.2020 –

Uso de micro-ônibus para transporte de funcionários foi impulsionado com contratações do setor de mineração

Diferente de outros setores que foram paralisados durante a pandemia, a mineração manteve grande parte de suas operações, mas precisou passar por modificações. Uma delas é o transporte de seus funcionários. E é uma movimentação diferenciada, exigindo veículos que circulem em áreas menos urbanizadas e levem os passageiros da porta de casa para a mineradora, ou seja, empresas de fretamento. A Indaiá Transportes é um exemplo.

A empresa opera o fretamento de trabalhadores na região do Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais, viu a demanda crescer 120% no volume de passageiros este ano e acabou adquirindo 10 micro-ônibus Volare, da Marcopolo. Atualmente, a empresa tem uma frota de 42 veículos específicos para atuação no segmento, além do fretamento executivo, interno e externo às minas.

“As demandas dos nossos clientes geralmente requerem atendimento instantâneo. A indústria de mineração não enfrentou a paralisação dos outros setores e a mão-de-obra segue trabalhando mesmo com a pandemia. O rápido aumento da capacidade de transporte é uma característica desse mercado”, comenta o diretor Anderson Ferreira Guimaraes. A previsão é manter a frota atual mesmo após o fim da pandemia, já que a demanda por mão-de-obra das mineradoras seguirá em alta, segundo o executivo.

Sidnei Vargas, gerente nacional de Mercado Interno da Volare, explica que o aquecimento da mineração acontece pelo maior consumo internacional de commodities e favorece toda a cadeia de fornecedores. Ele lembra que o transporte de mineradores requer veículos específicos, que tenham recursos como a resistência estrutural antitombamentos, para garantir a segurança dos operadores, e a carroceria anticorrosão.

Sobre o aumento na mão de obra, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) avalia que o setor gerou cerca de 180 mil postos de trabalho diretos e indiretos entre janeiro e agosto de 2020.