Obras no Tietê combatem enchentes em São Paulo

Da Redação – 06.03.2017 –

Governo do Estado avança em obras de desassoreamento em diversos trechos do rio Tietê para melhorar a macrodrenagem de São Paulo e conter enchentes na região.

Com investimentos de 55,9 milhões de reais, o governo do Estado de São Paulo iniciou obras de desassoreamento do leito do rio Tietê entre as barragens da Penha e Edgard de Souza, na Região Metropolitana de São Paulo. O projeto tem o objetivo de retirar 500 mil metros cúbicos de sedimentos nesse trecho, como areia, argila, materiais inertes e lixo depositado no fundo do rio, de forma a reduzir riscos de inundações na capital e demais cidades da região.

O prazo para conclusão da obra, que foi contratada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), é estimado em 12 meses. “O aprofundamento do leito do Tietê ajuda na macrodrenagem de São Paulo, pois ele é o grande ralo da cidade, para onde confluem outros rios importantes como o Aricanduva, o Cabuçu e o Mandaqui”, disse o governador do Estado, Geraldo Alckmin.

Segundo ele, o desassoreamento do Tietê também está sendo feito em outros trechos, como entre a barragem da Penha e o município de Santana de Parnaíba. Em uma extensão de 44,2 quilômetros, entre o córrego Três Pontes, localizado na divisa de São Paulo com o município de Itaquaquecetuba, e o córrego do Ipiranga, em Mogi das Cruzes, o DAEE espera remover 343 metros cúbicos de sedimentos depositados no leito do Tietê.

Esta obra de desassoreamento, orçada em 37,7 milhões de reais, iniciou em agosto do ano passado e tem conclusão prevista para fevereiro de 2018, incluindo a remoção de rochas no leito do rio para favorecer seu escoamento. Ela vai beneficiar basicamente os municípios de Itaquaquecetuba, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes.

Completando o leque de intervenções do DAEE nesta área, há ainda o trecho em execução a montante do canal de adução da Sabesp, ao longo de cinco quilômetros do rio Tietê e mais cinco quilômetros do rio Paraitinga (a partir da foz com o Tietê), nos municípios de Biritiba Mirim e Salesópolis. Nesse trecho está prevista a retirados 61,5 mil metros cúbicos de sedimentos, dos quais 25% já foram executados, a um custo de 6,5 milhões de reais.