Paranapanema fecha 2017 com prejuízo líquido

Da Redação – 09.02.2018 –

Apesar de negativo, resultado melhora em relação à 2016 e refletiria estruturação da empresa

A mineradora de cobre finalizou o ano passado com um prejuízo líquido de R$ 135,8 milhões, o que é 64% menor do que o resultado também negativo do ano anterior. A companhia registrou uma receita líquida de R$ 3,51 bilhões, então o que que explica os números negativos? De acordo com a companhia, “o desempenho foi prejudicado pelo fato de as reestruturações financeira e societária terem sido concluídas ao final do terceiro trimestre de 2017”.  Na avaliação final, a Paranapanema explica que os resultados do quarto trimestre refletem retomada operacional após a conclusão do fortalecimento da estrutura de capitais da companhia.

A retomada seria aferida pelos resultados 24% maiores nos últimos três meses do ano em relação ao mesmo período de 2016 e seria ainda 19% maior do que o terceiro trimestre do ano, revertendo o movimento de queda. O EBITDA do 4T17 foi de R$ 20,1 milhões, com margem de 1,8%, o maior nível dos últimos seis trimestres. O período foi marcado também por fluxo de caixa livre positivo de R$ 118,2 milhões, o que representou uma melhora de R$ 438,5 milhões comparado ao mesmo período do ano anterior, informa a mineradora.

Para a direção da Paranapanema, os resultados obtidos no trimestre refletem a retomada operacional da companhia após o processo de fortalecimento da estrutura de capital que contou com capitalização de R$ 712 milhões e reperfilamento do endividamento com menores custos financeiros, alongamento de prazos além da redução de 22% na dívida líquida. A companhia também diminuiu sua alavancagem, melhorou sua liquidez e a relação da dívida líquida sobre patrimônio líquido encontra-se em 1,9 x.

Segundo Marcos Camara, diretor-presidente da Paranapanema, a reestruturação permitirá a empresa retomar sua produção, otimizar os ativos e elevar  gradativamente a rentabilidade. O volume de vendas no 4T17 foi de 48,3 mil toneladas, aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior e 10% ante 3T17. No total acumulado do ano, o volume comercializado foi de 158,8 mil toneladas, com 99,2 mil toneladas de produtos de cobre e 59,6 mil toneladas de cobre primário.