Pausa causada pela pandemia favorece repensar os modelos para geração solar

Redação – 24.06.2020 –

Depois de um início de ano conturbado, envolvendo a revisão das regras para a geração distribuída, especialista avalia que é importante considerar a colaboração do setor para a economia

Enquanto a retomada da economia não acontece em maior escala, o modelo de regulação da geração solar fotovoltaica pode ser aprimorado. Avaliação é de José Renato Colaferro, diretor de Operações da Blue Sol Energia Solar e atuante no mercado há mais de uma década. “Os benefícios óbvios da fonte e a imensa geração de emprego criada pela fonte solar precisa ser lembrada e pode ajudar muito na reconstrução da economia”, destaca.

Segundo Colaferro, o país não pode cometer erros primários de comparar preços de geração centralizada com os de geração distribuída sem levar em consideração os benefícios da geração junto à carga. Outro ponto levantado pelo especialista é considerar o tamanho da arrecadação de impostos com a venda de equipamentos e serviços de energia solar. “Também vale lembrar da redução dos custos da energia com a diminuição do despacho das caríssimas usinas termoelétricas e que há formas diferentes de geração distribuída (junto a carga e remota), com impactos também diferentes”, completa.

Para o executivo, o Brasil precisa olhar exemplos positivos como o da Austrália e de outros países para que o setor elétrico brasileiro seja referência no mundo também na área de geração solar. E isso deveria ser feito agora, depois de um início de ano conturbado, cheio de polêmicas envolvendo o setor e a revisão das regras para a geração distribuída pela Aneel.