Polícia de Atlanta, nos EUA, ultrapassa a marca de 10 mil câmeras

Da Redação – 05.04.2018 –

Apenas 4%, no entanto, pertencem diretamente aos policiais. A maior parte dos equipamentos são privados, inclusive de residências

Falar em Big Brother para ilustrar o cenário de vigilância seria até um insulto ao Departamento de Polícia de Atlanta (APD, na sigla em inglês). É mais do que isso. São cerca de 400 câmeras de propriedade da instituição e outras 4 mil de entidades oficiais como as dos departamentos de Obras Públicas, Gestão de Bacias Hidrográficas, além da área de aviação. Quem fecha a rede de vigilância são empresas privadas, incluindo comércio varejista, e até mesmo as residências. Todo mundo gera imagens para o APD, que gerencia o processo.

O segredo de funcionamento do sistema envolve o uso de uma rede mista de fibra óptica, infraestrutura sem fio tradicional e a malha com tecnologia 4G das operadoras de telecomunicações. No caso dessas últimas, há um processo de integração de informações, mesmo porque a transmissão de vídeo consome muita banda. A Axis Communications (que forneceu cerca de 90% das câmeras do APD) também trabalhou no sistema de gerenciamento dos equipamentos e do volume maior que câmeras que não pertencem ao APD.

Com a integração das outras câmeras, o APD criou um gerenciamento duplo: um para sua própria rede e outro para integrar os dispositivos de fora que alimentam o sistema de vigilância. Apesar do seccionamento, há a integração das informações na sala de controle do Departamento, responsável pela gestão de todas as imagens. A plataforma da Axis também suporta a rede de mais de 10 mil câmeras de vários fabricantes.

Um dos segredos do processo atual é que a maioria das câmeras transmitem diretamente para a nuvem através do Stratocast, tecnologia da Genetec, enquanto as imagens em alta-resolução das câmeras Axis Q60 realizam a cobertura 360° graus da vizinhança – com economia de banda, o que também era fator primordial em um sistema que integra tantos dados simultaneamente.