Provedor regional é o grande responsável pela popularização da Internet, afirma especialista da Intelbras

Redação – 10.08.2021Atuação de ISPs e sua importância para aumentar o acesso da população
brasileira foram o foco em novo episódio de podcast

A atuação em áreas remotas sempre foi um motivo de orgulho dos provedores de serviço de Internet (ISPs, na sigla em inglês). Graças à sua atuação regional, são eles que chegam onde as grandes operadoras não
enxergam motivos para operar, como as áreas remotas e rurais. Por isso, Fabrício Araújo, especialista em Redes da Intelbras, afirma que eles são os grandes responsáveis pela popularização da Internet no Brasil.

“Operadoras não acham interessante investir em infraestrutura em um ambiente muito afastado que não traga a rentabilidade esperada em curto prazo”, explicou ele no último episódio do Conexão InfraDigital. No quinto capítulo do podcast da Iniciativa Infradigital, a discussão focou na atuação de provedores em locais com pouca densidade demográfica, que não atraem investimentos de grandes operadoras e como o ISP consegue rentabilizar sua operação.

Araújo destaca que, quando se pensa em áreas remotas, é comum pensar em ambientes muito longe entre si, como sítios e fazendas. “Mas pode ser uma cidade que está longe dos grandes centros. Mesmo um lugar assim não vale a pena para uma operadora fazer o transporte de sua rede até lá, sobrando um espaço de atuação para um provedor”, comenta.

Claro que dentro dessa categoria entram as zonas rurais, que começam a depender cada vez mais de Internet devido à agricultura digital. “Com a chegada da Internet das Coisas (IoT), a possibilidade de rentabilidade do provedor cresce, principalmente no agronegócio”, afirma o especialista da Intelbras. O ISP também pode pensar em outros serviços, como a telefonia IP.

Outro ponto positivo para o provedor regional é sua preferência pela fibra óptica. Segundo Araújo, é comum que as operadoras utilizem esta tecnologia até os postes, mas conecte o usuário com o o cabo coaxial na última milha, enquanto boa parte dos provedores levam a fibra até a casa do usuário, o fiber to the home (FTTH).

Isso garante uma melhor experiência de consumo para o cliente, resultando em maior satisfação. “Em muitas regiões, a qualidade do serviço do provedor é melhor percebida pelo cliente do que era com uma grande operadora.”

Ele ainda afirma que, como o ISP prioriza a transmissão por fibra óptica, a infraestrutura deve continuar crescendo. “O provedor de Internet é e vai continuar sendo um dos grandes responsáveis pela expansão da infraestrutura de rede e popularização do acesso”, afirma.