De NY à Argentina e Brasil, SD-WAN segura mostra porque é mais vantajosa para os negócios

Nelson Valêncio (InfraDigital) – 16.06.2021 – Exemplos nos setores de energia, saneamento, financeiro e alimentação mostram como a SD-WAN segura pode melhorar a experiência do usuário, aumentar a disponibilidade dos serviços e agilizar a comunicação entre matrizes, filiais e soluções em nuvem.

O que uma companhia de geração de energia argentina e uma empresa de Nova York de distribuição de água tratada têm em comum? De fato, estamos falando de negócios complemente diferentes e geograficamente bem distantes. Mas eles têm sim uma trajetória similar quando o assunto é rede de telecomunicações de longa distância. Ambas trocaram o conceito tradicional de WAN, sigla em inglês para rede de área ampla ou de longa distância, para uma rede SD-WAN. O SD inicial é traduzido como “definida por software”. A mudança, como veremos, foi significativa.

Antes de avançar, é interessante esclarecer que uma empresa usa uma rede WAN tradicional para interligar a matriz ou centro de controle a várias filiais ou operações remotas. Nesse tipo de tecnologia, geralmente a companhia trabalha com um modelo pouco flexível: tem um link dedicado e, em cada ponta da rede (filiais ou operações remotas), possui um equipamento que vai precisar ser configurado manualmente toda vez que alguma mudança for necessária. Além disso,  não tem qualquer interação com as principais aplicações do ambiente. Ou seja, a rede e o controle da rede (gerenciamento e monitoramento) estão muito ligados entre si. O que acontece com uma tecnologia SD-WAN é que essa dinâmica torna-se automática e o controle e o monitoramento passam a ser feitos via software, de acordo com as necessidades especificas de cada aplicação na infraestrutura.

SD-WAN segura otimiza rede no saneamento básico

Como os exemplos falam melhor por si, vamos começar com a Water Treatment Company, que fornece serviços de água tratada, torres de resfriamento e limpeza de sistemas de ar condicionado na Costa Leste dos Estados Unidos.

Operacional desde 2012, ela viu seus negócios crescerem, assim como a demanda de sua área de tecnologia da informação. Como monitora a condição de equipamentos críticos em vários prédios, ela precisava também permitir que os seus clientes tivessem acesso aos dados dos ativos. Isso exigiria uma rede flexível e segura para a transmissão de dados.

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Para liberar informações sobre as torres de resfriamento, a Water Treatment Company precisaria compartilhar o acesso ao sistema de controle supervisório e de aquisição de dados, o tradicional SCADA. O processo era fundamental para que os gestores dos prédios tivessem uma visibilidade dos roteadores digitais que controlam – em cada prédio – o status das torres de resfriamento.

Imagine que cada edifício funciona como uma filial e que a rede da Water Treatment Company teria que ter um link dedicado para poder controlar as informações e ser segura para evitar ataques cibernéticos.

Para quebrar essa rigidez, a companhia americana adotou o modelo de Secure SD-WAN e desagregou a rede em si do controle. Os equipamentos, como os roteadores, permanecem nos prédios, inclusive com cartões SIM que podem enviar dados via rede sem fio para a central da Water Treatment Company. A empresa, por outro lado, virtualizou esse controle, agregou segurança com firewalls de nova geração e o processo passou a ser automaticamente gerido pela rede definida por software. Os clientes têm o acesso requerido, mas os dados são transmitidos pela rede disponível mais adequada a cada momento – não só pelo link dedicado. A priorização é feita, inclusive, automaticamente, otimizando o consumo de banda larga.

webinar sd-wanO sucesso em adotar a SD-WAN segura pode ser contado de outra forma. Em função da agilidade de ativação de novos prédios à rede, as equipes de TI da Water Treatment Company economizaram uma média de 72 horas em cada processo. A economia também aconteceu nos custos de nuvem privada (50% a menos em relação à adoção de nuvem pública anteriormente usada).

O tráfego também foi otimizado e a redução de paradas não programadas foi reduzida de 4% para zero. Em resumo, ter criado um ambiente virtual e seguro permitiu à empresa escalar sem comprometer os seus negócios e deu acesso livre aos clientes para monitorar conjuntamente os ativos.

SD-WAN segura torna empresa de energia uma referência na Argentina

Mais ao sul do continente, a Sullair Argentina também mexeu em sua rede tradicional de longa distância. A empresa é focada na fabricação, distribuição e locação de equipamentos para construção civil e também no fornecimento de energia – indo de geradores a usinas térmicas, para ficarmos em dois exemplos.

Assim como a Water Treatment Company, a Sullair atua na prestação de serviços públicos e um ataque cibernético pode comprometer as suas operações. Como a companhia tinha mudado a comunicação com suas operações remotas, adotando um processo integrado com links de redundância, ela queria dar um passo a mais e ter a combinação de uma rede de comunicação de classe mundial e segura.

Para chegar ao modelo ideal, a Sullair combinou redes satelitais com a conectividade via Internet para garantir a comunicação entre a matriz e suas operações remotas em campo, que podem ser desde uma usina de sua propriedade como um projeto pontual de fornecimento de energia. Um exemplo disso é a gestão de mais de uma dezena de plantas de geração de energia que são supervisionadas pelo centro de operações no escritório central da companhia. A tecnologia Secure SD-WAN otimiza essa comunicação ao permitir, entre outros recursos, que as configurações dos equipamentos de rede das usinas seja feito remotamente e de forma automatizada.

A centralização da gestão e monitoramento da rede pela Sullair permitiu que a companhia se tornasse uma referência no setor elétrico da Argentina. A partir do centro de operações, ela pode gerir os ativos 24×7, reduzindo as ameaças de erros ou de ataques externos, e a priorização de tráfego é feita automaticamente de acordo com a necessidade das aplicações e sempre atendendo aos padrões de segurança. É como se a Sullair pudesse viajar por várias rotas alternativas, todas com suporte de navegação, e sempre pelo trajeto de melhor desempenho.

Otimização com SD-WAN também acontece no Brasil

A flexibilização que a SD-WAN segura agrega não se limita a setores de infraestrutura e dois exemplos no Brasil provam isso. São os casos da Creditas, uma das mais bem-sucedidas fintechs no país, e da operação local do Burger King, responsável pelas redes dessa marca e também da Popeyes no Brasil. Ambos envolvem ativação rápida de recursos. No caso da rede de alimentação, estamos falando de uma malha de 800 lojas do Burger King e outros 23 restaurantes da Popeyes quando a solução de SD-WAN foi costurada.

Em função da expansão da cadeia, as demandas de segurança aumentaram no mesmo volume e uma nova plataforma de cibersegurança foi adotada inicialmente em 70 restaurantes para determinar o que seria o padrão para todos os demais. A meta era ter mais clareza nos processos e avaliar os riscos existentes, além de perceber o volume e os tipos de ataques sofridos nos data centers. O resultado foi um maior controle dos acontecimentos no ambiente da corporação. E onde entra a tecnologia de Secure SD-WAN nesse processo?

A plataforma foi adotada para melhorar a conectividade e a segurança na rede de restaurantes com o benefício adicional de agregar mais transparência da rede com a gestão centralizada. A equipe de infraestrutura e telecom da companhia também conseguiu como resultado a redução de custos de utilização de links de Internet com a implementação, pois o recurso permite o uso de links mais baratos e dedicados de forma resiliente e segura. Em conjunto com o time de segurança da informação, também foi possível otimizar as operações para priorizar atividades principais para o negócio, além de melhorar a disponibilidade da Internet nas lojas.

Um resultado direto das mudanças foi a disponibilidade: a equipe técnica do Burger King reduziu em cerca de 26% o volume de incidentes abertos relacionados à conectividade com o uso da SD-WAN segura e outras tecnologias agregadas. O processo de melhoria incluiu até a descoberta de um problema de latência na rede de Internet dos restaurantes, que tornava a experiência do usuário bastante ruim, mas ainda permanecia oculto na infraestrutura. Com a garantia de proteção de dados e da proatividade dos links de Internet, em conjunto com a tecnologia de Secure SD-WAN, hoje o Burger King é capaz de mensurar e controlar o consumo e até mesmo a filtragem para navegação de páginas on-line, além de bloquear downloads de arquivos maliciosos, reduzindo os riscos financeiros e os altos custos de tecnologias sem gerência.

Fintech faz transição de 1.600 colaboradores em tempo recorde com SD-WAN

A principal plataforma online de crédito com garantia da América Latina, a Creditas, também adotou a SD-WAN segura em contraponto às redes tradicionais. E há razões para isso: em pouco mais de um ano, a companhia experimentou um enorme crescimento, atingindo recentemente a marca de 1,6 milfuncionários. Ainda assim, manteve sua agilidade, migrando todas as operações para trabalho remoto em três dias, por meio da expansão da solução de segurança em nuvem pública.

Com plataformas de cibersegurança já estabelecidas, a fintech pôde fazer a transição de seus colaboradores para o home office em tempo recorde, mantendo a operação ativa em meio à pandemia.

Com o objetivo de proteger o acesso de forma integrada e centralizada, as soluções utilizam firewalls de próxima geração (NGFWs) como core de rede, gerenciando switches nas camadas de distribuição e acesso, além de um ambiente sem fio baseado em pontos de acesso, ambos integrados a firewalls para proteger a borda da LAN. A SD-WAN entra em nuvem para recursos SD-Branch com soluções tanto de wireless como de switching.

Parece complicado, mas não é porque todo o aparato técnico foi projetado para permitir a comunicação direta de forma segura entre todos os funcionários. As soluções na nuvem pública ajudaram na transição eficaz e, para garantir o processo, foi estabelecido um plano de contingência antes do período de testes. Ao mesmo tempo, as equipes foram capacitadas para a mudança.

Traduzindo novamente em números, o processo de adoção do trabalho remoto permitiu que 70% dos colaboradores fossem conectados à rede de forma segura dois dias depois das reuniões iniciais, quando a transição foi decidida, sendo que no dia seguinte cada um dos 1,6 mil colaboradores já estava operacional, como se fosse uma microfilial segura da companhia. Com seu exemplo, a Creditas prova como uma SD-WAN bem desenhada deve funcionar: com flexibilidade e segurança, independentemente do volume com que trabalha.

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