Setembro “regular” para a indústria de materiais de construção

Da Abramat – 04.10.2018 – 

A Associação Brasileira das Indústrias dos Materiais de Construção(Abramet) divulgou ontem (3) a nova edição de seu estudo do Termômetro. A pesquisa mensal, feita entre os associados para determinar a expectativa de faturamento, o grau de otimismo e pretensões de investimento futuras, demonstra que a avaliação do faturamento em setembro é majoritariamente “regular”, enquanto a expectativa para o mês de outubro é mais otimista. A indiferença e o pessimismo norteiam as expectativas acerca das ações governamentais, ao passo que a pretensão de investimento cresce dentre as associadas.

Vendas ao mercado interno

Nas vendas ao mercado interno, filão que representa a maior parte do faturamento das empresas do setor, a avaliação sobre setembro foi regular. Enquanto 9% das associadas considerou o mês “muito bom”, 27% das empresas consideraram o mês “bom” para as vendas no mercado interno, ao passo que a soma das respostas “ruim” ou “muito ruim”, representa 18%. Os demais 46% dão conta de setembro como um mês de desempenho “regular”. Para outubro, a expectativa sofre alterações, diminuindo a fatia dos que preveem desempenho “regular”. Ao todo 50% das associadas projetam um mês “bom”, assim como 36% “regular”, e 14% “ruim”.

Expectativa das ações governamentais e pretensão de investimentos

Dado relevante apontado pela pesquisa foi o crescimento na pretensão de investimentos no médio prazo (próximos 12 meses). 64% dos membros da associação pretendem fazer alguma forma de investimento nos próximos 12 meses. O resultado é expressivo, após em agosto a mesma pesquisa ter registrado que apenas 46% das empresas tinham tal pretensão, constituindo menor valor aferido no termômetro para a questão desde março de 2017.

As incertezas trazidas pelo cenário político ecoam nas expectativas das empresas sobre ações governamentais. Setembro é o terceiro dos últimos quatro meses em que o Termômetro aponta que nenhuma associada tem expectativa otimista acerca das ações governamentais. Enquanto 36% mantém expectativas negativas sobre o governo, 64% pensam veem a questão com indiferença.