Startups de saúde ganham relevância econômica

InfraDigital (Especial Telemedicina) – 05.04.2021 – 

A quantidade delas dobrou em dois anos no Brasil e a tendência é de que novas continuem surgindo. No mundo, 45 possuem o status de unicórnio, com faturamento acima de US$ 1 bilhão

O Brasil contava com 542 startups de saúde em 2020, as chamadas HealthTechs. O número mais do que dobrou em dois anos, atraindo investimentos superiores a 430 milhões de dólares. Os dados são KPMG, colhidos para o estudo HealthTech Report, da empresa de inovação Distrito. O país segue, na verdade, o caminho do mundo desenvolvido, principalmente Estados Unidos e China, onde esse tipo de empresa cresce desde 2015 e já recebeu investimentos de US$ 46,5 bilhões.

De modo geral, as startups de saúde criam soluções para complementar o portfólio de companhias de saúde, incluindo seguradoras e complexos hospitalares. Com a pandemia e a necessidade de distanciamento social, as iniciativas de telemedicina impulsionaram o mercado e, hoje, há 45 delas com faturamento superior a 1 bilhão de dólares. No universo de tecnologia, quem ultrapassa essa barreira ganha o status de unicórnio.

O mapeamento HealthTech Report classificou nove categorias de empresas desse tipo (veja quadro). Chama atenção que a maioria está ligada ao setor de tecnologia, como as que proveem acesso à informação, os marketplaces (modelo que conecta a oferta com a demanda), as focadas em telemedicina e as que tratam de tecnologias para monitoramento de pacientes por internet das coisas.

Juntas, as HealthTechs empregam quase 10 mil pessoas no Brasil e há um caminho longo a seguirem ainda, pois, mesmo em crescimento, o número de empresas desse ramo ainda é pequeno se comparado a outros universos de startups, como fintechs e adtechs.

A área de gestão é a que apresenta maior concentração de startups de saúde, com 25% de representatividade (136 empresas). Depois estão as que proveem acesso à informação (17,3%) e os marketplaces (13,7%).

Assim como ocorre em outros nichos de inovação, no mercado brasileiro as healthtechs preferem modelos de negócio B2B (empresas qeu atendem outras empresas). Geograficamente, 43% das healthtechs estão em São Paulo. As demais estão distribuídas entre os estados de Minas Gerais (10%), Rio Grande do Sul (9,8%), Rio de Janeiro (8,5%) e Santa Catarina (7,4%). Na região Norte, estão apenas 0,6% do total.

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