Subproduto de luxo: backbone óptico de 2 mil km atravessa Amazônia

Da Redação – 09.03.2018 –

Rede foi instalada na linha de transmissão que interliga hidrelétrica de Belo Monte ao sistema de energia do país

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A linha de transmissão de energia de 2 mil km entre Xingu, no Pará, e Ibiraci, em Minas Gerais, também possui uma infraestrutura óptica ao longo do traçado. Trata-se de um subproduto que faz parte da rede que atravessa quatro estados, ou seja, Tocantins e Goiás, além dos dois já citados.

Para iluminar a rota dessa nova linha de transmissão de energia no Brasil, a Padtec forneceu produtos da plataforma LightPad, que inclui transponders, amplificadores ópticos e sistemas redundantes, o que permite a conectividade e o monitoramento remoto das subestações em tempo real. O destaque do projeto está no uso, em toda a rota, de amplificadores ROPA (Remote Optical Pump Amplifier), desenvolvidos para atuar em trechos de ultralonga distância, dispensando a construção de estações de regeneração intermediária.

Segundo a Padtec, a LightPad possui uma flexibilidade que viabiliza sua aplicação também em sistemas monocanais, minimizando os investimentos em estações intermediárias para sistemas com cabos OPGW (de fibra óptica próprios para instalações em redes de energia). “Os produtos dessa plataforma estão em perfeita sintonia com esse negócio, já que permitem enlaces de mais de 300 quilômetros sem estações intermediárias”, afirma Argemiro Sousa, diretor de Negócios da Padtec. “A tendência desse mercado, de automatizar os sistemas elétricos para torná-los mais eficientes, tem feito crescer consideravelmente a procura das concessionárias de energia por nossas soluções”, completa.

“Essa nova linha de transmissão é um passo importante para o Brasil, pois contribui para melhorar significativamente o fornecimento de eletricidade para a população e para o parque industrial brasileiros, ao mesmo tempo em que impulsiona a economia do país”, afirma Manuel Andrade, CEO da Padtec. “Investimos no desenvolvimento de soluções ópticas que atendam às demandas de utilities por transmissões em distâncias ultralongas com o menor número de repetidoras de sinal”, acrescenta Manuel.